O PICADEIRO: O Problema Cíclico da Diplomacia ebrasileira

Day 1,227, 07:57 • Published in Brazil Brazil • by Booh


Olá, tudo bem?


Hoje vou falar sobre diplomacia e o nosso comportamento para com a mesma. A um tempo atrás eu disse que fazíamos uma diplomacia amadora e de “cumpadre”, com muita pessoalidade e pouca ou quase nenhuma noção de que aquela simples conversa no IRC, poderia interferir nas relações do eBrasil com outros países. Ainda acho isso, mas não acho que o principal fator para determinar essa característica de fazermos diplomacia são nossos Presidentes, Vice-Presidentes ou MoFAs. O determinante é o povo.


Muito diferente da nossa realidade, no ER a comunicação não tem limite. Você não precisa ser Presidente ou ter um alto cargo no governo para conversar com nenhum presidente, MoD ou MoFA. Podes ir por conta própria e claro, que isso tem as vantagens e as desvantagens. A vantagem disso é pessoal, a possibilidade de interagir com gente do emundo todo, a desvantagem é coletiva, dificulta e muito o próprio ato de fazer uma diplomacia de qualidade. A dificuldade está no ato de que nem sempre um ou mais brasileiros, vão agir da melhor maneira com os aliados, os possíveis aliados e até com os inimigos.


Todo mundo que trabalha com diplomacia no ER, sabe disso e este é um fator determinante para que só se divulgue o produto final da diplomacia. Mas no eBrasil, nós temos um fator complicador. Nossa descrença da política na RL, faz com que assumimos que sempre o governo é incompetente ou errado. E como as eleições são de mês em mês, um tempo relativamente curto, dependendo de quem entra pode mudar por completamente os compromissos assumidos nos governos passados. Isso é natural, dois governos diferentes com visões diplomáticas diferentes, mas o que nos falta é o comprometimento com o próprio governo. Em outras palavras, apesar de você não gostar, de não ter votado no candidato que ganhou, ele te representa e o que ele disser em uma relação diplomática, é a tua palavra.




Nós ebrasileiros temos um péssimo hábito de contestar o nosso próprio governo perante outros países. Um indonésio ou um sérvio precisa saber apenas a palavra final do eBrasil e nós como ebrasileiros, temos apenas que proferir a palavra final dita por nossos governantes que foram democraticamente eleitos. Se tal palavra não te satisfaz que seja resolvido internamente e se a maioria concordar contigo, então que aplique as medidas políticas cabíveis.


Em uma síntese, nós ebrasileiros, sempre assumimos que o governo está errado, não assumimos que as atitudes tomadas por este ou aquele governo, quando tomadas são também minhas atitudes e as contestamos na frente de países alheios. Mas voltando ao princípio, deixo algumas perguntas para o final. Como fazer diplomacia no eBrasil já que só podemos informar o resultado e não o processo em si diplomático, pois caso contrário, ebrasileiros podem tomar uma decisão por conta própria e arruinar relações? Como o governo pode informar na integra os decorres diplomáticos sem que não haja interferência de civis? Ou ainda, como fazer diplomacia, divulgando apenas as decisões finais e ainda assim, agradar a maioria e não precisarmos voltarmos atrás em uma decisão?


Estas são perguntas que esbarramos quando estamos dentro de um governo, mas acho que seria mais fácil, nós enquanto ebrasileiros responsáveis, mudarmos nossa atitude para com nosso governo. Confie no que está sendo feito, critique quando necessário e também aceite que uma vez ou outra, você não concordará com o que está sendo feito.


Este artigo foi baseado neste outro artigo troll indonésio na nossa mídia e também na repercussão do mesmo em alguns ebrasileiros.




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Saudosamente,