O PICADEIRO: O Cíclico e o Catastrófico

Day 1,199, 06:54 Published in Brazil Brazil by Booh


É muito boçal perceber que o eRepublik se faz de ciclos. Eleições mensalmente, trabalhar e treinar, diariamente... porém, há outros tantos eventos que não possuem um ritmo certo. O deathboom era um desses eventos que eu pensava, que eram catastróficos, longe de uma ritmicidade concreta, entretanto vejo que não é bem assim. O deathboom, morte sistêmica de jogadores, é absolutamente normal pós babyboom, porém até hoje no eRepublik, fez-se presente em veteranos, apenas com grandes mudanças promovidas pelos administradores, como da V1 para a V2.

Ultimamente, nos bastidores, vejo grandes personalidades brasileiras falando em parar de jogar ou ficar em dois clicks por tempo indeterminado. Esse não é um movimento nacional, é um reflexo de um descontentamento que recentemente, atingiu inclusive presidentes de outros países e vem ganhando uma agitação massiva. Declarações de abandono do jogo, avatares de protestos, quebra de regras, banimento, entre outros, vem sensibilizando e conquistando mais jogadores em diversos países. Isto me lembra dos vetores sociais que pressionam os indivíduos de Max Weber. Isto é, por mais que meu motivo de descontentamento seja diferente do seu ou do fulano, nós nos sensibilizaremos com essa onda anti-eRepublik, que nos encorajará a parar ou ficar como dois clicks.



Isso ocorreu na V2, por uma série de mudanças que não agradaram boa parte dos veteranos do jogo, parafraseando o grande Mahdi Cleitus, originando uma grande débâcle populacional. Estamos n’outros tempos, nos quais as últimas alterações não foram ruins. A mudança do sistema de trabalho acabou com a economia mundial, mas também permitiu que o jogador evolua sem precisar ser necessariamente militar. A mudança nos shouts foi fantástica, evoluiu o módulo social consideravelmente. Então porque abandonar o jogo? Tudo indica que isto é sazonal e que o eRepublik funcionará com expansões, a volta dos jogadores antigos que haviam abandonado o jogo e de retrações, a saída dos mesmos por ter cansado da sistemática “erepublikana”.



Mas devo vós lembrar que o deathboom gera uma cascata de problemas que até hoje sentimos. Não suponho que esse movimento de abandono do jogo seja da mesma imensidão que ocorreu da V1 para a V2, mas ainda sim nos causará problemas. Aos que não presenciaram o início da V2, farei uma breve síntese. Perdemos boa parte da população ativa e isso gerou diversos problemas, entre eles, o governo ficou sem nomes para sua manutenção e acabou recorrendo a nomes da oposição, como eu, Vigon, Marcelo Braga, Leonardo Gomes Penedo, LucasFranks, Gabriel Felippi... é certo que nós da antiga oposição, ocupamos os ministérios mais periféricos, AS, MdC, MdE, mas estávamos no poder. No exército, foi muito pior, de quase 180 militares, passamos para menos de 100, a meia dúzia de tanks que tínhamos quase todos pararam. Perdemos em contingente e em qualidade. No fim, éramos um país-potência com um exército de país mediano como Argentina e França. Bons jornalistas, bons gestores e bons militares são peças insubstituíveis, sabíamos disto, só não sabíamos do quanto iríamos sofrer para tentar repor tais peças.

Com a volta da V1 e dos velhos jogadores, recuperamos boa parte da virilidade do nosso exército e então vieram os problemas pós deathboom, principalmente de cunho diplomático. Com nossa auto-estima e força militar recuperadas, passamos a exigir um tratamento melhor dos nossos aliados e da nossa aliança, veio então o conflito do Brasil com a Hungria pela África do Sul o que nos motivou a sair da Phoenix. A pressão dos aliados é uma quando você tem um exército que causa x de dano e é outra quando você pode causar 3x de dano. Foi assim que tivemos mais problemas diplomáticos, um exemplo foi o México. A procura por ajuda, quase uma exigência, nos fez optar por aliados mais fortes, naturalmente e “esquecermos” aqueles que mantivemos boas relações quando ainda estávamos com poucos ativos. Lógico que é muito simplista limitar a explicação dos atritos com a Hungria e com o México a volta do massiva dos militares pós deathboom, mas é uma das explicações possíveis.



Aonde quero chegar com essa ladainha? Precisamos pensar em maneiras de atenuar esses deathboom’s cíclicos. Diminuir o estardalhaço desse movimento anti-eRepublikano, investindo em roleplays, política agressiva (sim, acredito que esta calmaria na política só desestimula quem gosta de política no país, antes falava-se que a trollagem desestimulava os jogadores e hoje estamos vendo que o efeito é inverso, a falta de embate, de intriga e de discussão entre partidos e jogadores está definhando a política e os partidos do TOP 5), mas principalmente, e é um desafio ao presidente que se elegerá, iniciar uma grande guerra. Por mais que a situação econômica diga o contrário, precisamos de uma guerra direta para segurar os veteranos e os novatos. Além de tais medidas paliativas para o deathboom, precisamos notar que ele é inevitável e pensarmos n’outras medidas para o durante e o pós deathboom. Treinar novos nomes para o governo, treinar novos jornalistas, investir nos pelotões mais básicos do exército, reforçar o nosso corpo diplomático...

É um desafio se esse quadro se concretizar e necessita do empenho de todos. Desculpem-me pelo walltext, cada parágrafo deste dava para fazer um artigo, tentei ser o menos prolixo possível. Se gostou, assine, vote, divulgue e comente. E caso não tenha gostado, teça suas críticas!


Muito Grande? Não leu? Vote por ela!



Saudosamente,

Prestação de contas Congresso Fev/MAR