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“Não existe empresa tão essencialmente pública quanto a indústria e o comércio dos quais o sustento do povo depende; e, confiá-los a particulares para serem administrados em prol do lucro particular é loucura semelhante... a entregar as funções do governo político a reis e nobres para que as conduzam para a glorificação própria.”
-Edward Bellamy
Daqui a Cem Anos, 1888

eCidadãos,

Esse é o primeiro artigo do jornal BRASA. Brasil Socialista que tem como missão divulgar o socialismo e trabalhar para que possamos chegar a um concesso administrativo social-democrático alavancando a economia e a sociedade ebrasileira.

Mas, o que é o socialismo?
É um sistema econômico em que os meios de PRODUÇÃO e DISTRIBUIÇÃO são controlados pelo governo ou pelos trabalhadores, e as decisões sobre o emprego dos recursos são tomadas de modo centralizado ou coletivo. Opõe-se ao capitalismo, que funciona com base nos princípios da propriedade privada, do lucro e da concorrência em um mercado livre. Assim como o capitalismo, o socialismo também é uma ideologia social, uma perspectiva da natureza humana e do modo como o trabalho deve funcionar. “Socialismo” é um termo geral que dá nome a uma série de teorias que compartilham a idéia geral de que as pessoas são essencialmente cooperativas, e não competitivas, e que os sistemas de controle que se baseiam na propriedade privada, na riqueza e na classe são nocivos ao bem comum. Aplica-se, então a sistemas tão divergentes quanto o Comunismo e o Estado capitalista da Previdência Social.

Como implantar um sistema socialista?
Historicamente, os socialistas vêm divergindo no tocante a diversas questões fundamentais da teoria e da prática. Entre elas, se as instituições existentes podem evoluir de maneira gradual rumo ao socialismo, ou se precisam ser eliminadas em uma revolução violenta; se o socialismo deve ser imposto de cima para baixo (p. ex. Por uma elite culta) ou construído “de baixo pra cima” por um movimento autônomo de massa; se o planejamento econômico centralizado, as decisões descentralizadas, ou mesmo a livre iniciativa limitada é´o mais desejável; e se o socialismo é compatível com o pluralismo político, ou deve ser implantado por um sistema de apenas um partido dedicado a uma ideologia.

No mundo real, não deu errado?
Vamos lá, um pouco de história: O termo socialismo tornou-se comum no início do século XIX como antônimo de INDIVIDUALISMO, o interesse próprio aquisitivo defendido por Adam Smith e outros patrocinadores da empreitada capitalista. O pensamento socialista moderno teve origem com Karl Marx, para quem o socialismo era o estágio pós-capitalista da história, no qual o governo controla os meios de produção, numa “ditadura do proletariado” , que seria finalmente substituído pelo comunismo – a sociedade perfeita, sem classes e sem Estado. Em fins do século XIX e início do século XX, as instituições socialistas e os partidos políticos europeus foram dominados por gradualistas como o teórico alemão Karl Kautsky. Após a Revolução Russa de 1917, porém, a União Soviética tornou-se o modelo do socialismo para muitos, e seu exemplo, o modelo da luta revolucionária.
Depois da segunda guerra mundial, a maioria dos socialistas ocidentais, em repúdio ao stalinismo totalitário e admitindo a durabilidade do capitalismo, procuraram reformar, em vez de abolir as instituições capitalistas. Os partidos políticos Socialista e Social Democrata defendiam – e na Europa tiveram muito êxito – a nacionalização das principais industrias e a implantação de programas de previdência social patrocinados pelo Estado. Contudo muitos países do terceiro mundo na África, na Ásia e na América Latina, só´recentemente libertos do domínio imperialista (¬¬), os ideais socialistas e comunistas continuaram a inspirar os movimentos revolucionários – movimentos que foram vitoriosos em diversos países, entre eles a China, Cuba, Vietnam e Angola.

Não tem um exemplo menos radical?
Sim, a maioria das nações industrializadas, principalmente na Europa, hoje descobriu algum tipo de economia de mercado misto, na qual a iniciativa privada é equilibrada pela propriedade pública limitada e governo, regulamentação e planejamento social amplos. Esse modelo, concretizado com mais êxito na Escandinávia, onde os padrões de vida são mais altos do que na maior parte da Europa e Estados Unidos, é tido por alguns como o casamento ideal do capitalismo com o socialismo, combinando os incentivos da concorrência do primeiro com a justiça social do segundo e, ao mesmo tempo, evitando relações de trabalho exploradoras e a rigidez burocrática do planejamento centralizado.

Um outro eBrasil é possível, sem vaidade e ganância levaremos nosso pais ao topo do emundo. O esocialismo não é algo que depende de mudanças na estrutura do jogo e sim mudanças de ideologia dos jogadores.

Espero que tenham apreciado esse primeiro artigo, que foi baseado em um texto de Chris Rohmann.

* O BRASA. Utiliza e apóia o software livre.

Parzewski