Eleições ainda sem foco

Day 1,138, 15:08 Published in Brazil Brazil by Lucodonosor


Estamos a quatro dias das eleições mais importantes do eMundo: as presidenciais. No entanto, ainda não vimos movimentação dos grandes partidos. Muito se deve às festas do fim de ano, claro, mas essa demora não é de hoje. Nas eleições passadas, dos cinco grandes partidos, dois lançaram candidatos, sendo que um deles foi praticamente na véspera. Na falta de bons concorrentes, o atual presidente ganhou com mais da metade dos votos.



O atraso no anúncio dos candidatos acaba por inviabilizar a comparação entre as ideias de cada um, prejudicando o processo de escolha do eleitor.



Pouca ação dos grandes



Dos partidos grandes, até agora, nenhum lançou candidato. O PM lançou o PP, Harpia Brasil, mas parece não ser oficial. PDB e ODIN ainda não se pronunciaram e, ao que tudo indica, ANP não lançará candidato, fazendo aliança com PIL, se ele lançar um.
Nas eleições de Dezembro, como podemos nos lembrar, o PDB foi o único que lançou candidato forte para as eleições. ODIN decidiu apoiá-lo alguns dias antes da eleição, enquanto PM fez o mesmo. ANP lançou candidato às vésperas, e o PIL nem apareceu formalmente como seu apoio. Nesse ócio, conheceremos os candidatos três/dois dias antes das eleições, sem chance de organizar entrevistas, debates e coisas do gênero, o que só faz mal às escolhas dos eleitores, que acabam por votar em nomes, e não em propostas.



UP! : primeira movimentação



Com a ociosidade dos grandes, os primeiros a se organizarem são os partidos medianos e pequenos. Dessa vez, a grande novidade foi o surgimento da União Partidária, ou, numa jogada de marketing, UP!. Esta aliança é formada pelos dois partidos que mais crescem no momento na política brasileira: PSD e Bazzinga. Segundo dados desses partidos, a junção de seus membros, no dia 16/12, somava 14 pessoas. Hoje, 16 dias depois, soma 128 pessoas. Um íncrivel crescimento de 907% em pouco mais de duas semanas. Sendo assim, eles foram os primeiros a lançar um candidato: Gabriel Teixeira Lott, do PSD. Segundo acordo entre os partidos, o vice deve ser alguém do Bazzinga.
Não acho que a UP! balançará as eleições presidenciais, pois são necessários mais de 500 votos para se eleger um presidente ou ficar nas primeiras posições. Porém, há grandes chances dessa união ser a grande surpresa das próximas eleições congressistas. Se continuarem neste ritmo de crescimento, chegarão ao TOP5 tranquilamente, e, com uma boa estratégia, conseguirão um bom número de eleitos.
















Lucodonosor,
redator-chefe da Folha eBrasileira