Compadres, a ver se nos entendemos...
Jules deMalt
Companheiros e companheiras desta longa viagem que é a vida,
Antes que comece a bandwagon do costume (ironia visto eu ser o terceiro a comentar este tema) do apontar dos dedos e da troca de acusações de responsabilidades entre sociedade, Congresso e Governo, façamos primeiro uma breve reflexão.
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PRIMEIRO PILAR DO ESTADO: SOCIEDADE
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Nem tudo é bom, nem tudo é mau, antes pelo contrário.
Temos de perceber que a base para uma sociedade estável vive da estabilidade dos seus membros e da sua capacidade para raciocinar de acordo com os princípios que aplicam aos outros.
Não cabe a alguém que está do lado de fora da cerca mandar bocas sobre a situação em que as pessoas de dentro da cerca se encontram, nem lhes cabe ter pena da actual fragilidade do congresso e do governo.
Num ou noutro momento, muitos dos críticos da actuação dos diversos aparelhos do estado sentiram na pele a injustiça de trabalhar (ou não) e ver o seu trabalho condenado (ou não) por quem se limita a visitar ePortugal pelas manchetes dos media. Se era tão injusto antes, continua a ser.
A pluralidade de centros autónomos de poder, neste caso o Congresso e o Governo, existe para os tornar mutuamente limitados e evitar monopólios de poder.
Um Congresso não representa o país ou estabelece acordos e conflitos diplomáticos sem o Governo e o Governo não impõe medidas económicas, estabelece acordos ou conflitos diplomáticos sem o Congresso.
Estão a ver aqui um padrão injusto de poderes? É normal. O Congresso (para o bem ou para o mal) existe como o árbitro de uma sociedade que exige (ou um jogo que exige neste caso) que o Governo seja responsável pelas suas acções.
Meus caros, mais acção e menos pena, que com a pena alheia não se consegue escacar pedra.
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SEGUNDO PILAR DO ESTADO: CONGRESSO
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Se o Congresso é um árbitro de uma sociedade que exige que o Governo seja responsável pelas suas acções, cai sobre ele responsabilidades mais acrescidas até que às do Governo.
1º Esboço das regras do Congresso
Tal como a idiotice é difícil de quantificar, é também difícil definir a linha entre a vontade de uma comunidade e a vontade dos seus representantes.
Ao longo dos tempos as regras que tinham um propósito inicial de guia dos bons costumes foi-se tornando lei. E com a lei veio a rigidez.
São necessários novos moldes e vontades para usá-las como suporte (e não como base) para as decisões do quotidiano governativo.
Gostaria que se fizesse uma introspecção e se analisasse e separasse o essencial do supérfluo das Regras do Congresso. Gostava que os prazos das discussões, das escolhas de representantes e na expulsão de membros fosse apoiada mais no bom senso que em números ou datas.
Gostaria de mais margem de manobra para a análise de orçamentos conforme a necessidade em vez dos globais. Não sei quanto pretendo gastar em concursos ou prémios e quanto pretendo gastar em transacções de bens e capital para arrecadar lucro para o estado. Orçamentos e perspectivas de acordo com a necessidade dá mais rigor ao Governo e controlo ao Congresso, impedindo ou aceitando transferências para fins específicos e retirando ao governo o fardo da estatística global.
Como árbitros de um povo, gostaria de mais facilidades e abertura a propostas governamentais, analisando os objectivos do governo não tanto aos olhos da lei do Congresso mas aos olhos da população.
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TERCEIRO PILAR DO ESTADO: GOVERNO
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Um Governo tem tanta legitimidade de apresentar um orçamento como o Congresso tem de o recusar, por vezes indefinidamente.
Assim, prometer à população aquilo que não pode cumprir é, no meu entender, falha governamental. Exige-se consenso ao governar e não condescendência, descobrir uma base comum e não bater com a cabeça na parede.
Se não se descobrir, informar a população dos factos e jogar e planear com o que se tem.
Impedimento de governar sem apoio do Congresso é desculpa de mau pagador. Se não existe forma de angariar dinheiro para MPP's, se não existe forma de executar medidas económicas de interesse público, se não existem formas de reformar as taxas, passe-se para o próximo objectivo seja ele social, diplomático ou económico.
Gostaria de mais dinâmica na resolução de entraves com o Congresso. São pessoas razoáveis tais como as outras e que funcionam mal sob pressão tal como as outras.
Poderia concordar com entraves estando os congressistas sob disciplina de voto (algo que apoio efusivamente) mas não estão. Estão livres de votar ao calhas e muitas das vezes seguem a opinião de quem tem mais experiência ou fundamenta mais a sua opinião.
Gostaria de mais capacidade de contornar os problemas, mais do que usá-los para justificar a inacção.
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QUARTO PILAR DO ESTADO: CONSENSO
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O facto é que existe um Congresso e existe um Governo. Estão lá. Não dão para se contornar. Representam cidadãos que preferem, ordem, anarquia, paz, guerra ou isolamento. Podem evitar-se e apontar culpas um ao outro ou podem entrar em diálogo e encontrar raízes comuns para os problemas de todos.
Podem até refugiar-se no contra-jogo ou no derrotismo e aguentar com as consequências mas o respeito e entendimento começa e acaba nas atitudes e acções de cada um para resolver as crises quando aparecem.
Pessoalmente tenho pouco interesse no dinamismo superficial e união esporádica que as crises internas provocam. A história está feita e pontilhada de crises internas e o resultado é o que há, a saber:
- Congresso paranóico
- Impotência governamental
- Letargia social
- Burocracia
- Economia se não estivesse mal em todo o lado.
Por isso meus senhores e senhoras, por favor, practice what you preach. Não me façam escrever muralhas de texto, não me quero sentir culpado por gozar da minha e-reforma em paz.
Se têm 30 minutos por dia para afiambrar porrada também têm tempo para fazer um trabalho competente no congresso e nos partidos.
Comments
Vá, se não leste tudo ao menos dá um endorse ou comenta que eu estou sem dinheiro e ainda não acabei a cena dos 25 comentários
v
eu posso dizer que ja vi de tudo a partir do momento em que os congressistas são "avaliados" consoante a atividade que mostram ter no fórum, sendo essa atividade quantificada por comentários. adorei ver comentários como "concordo" "votei" "apoiado" serem aceites para essa avaliação que nem entendo porque existe ou existiu.
votado e endorsado
Não acho ser avaliação, serve apenas como motivo estatístico. Um representante fez e como foi uma boa ideia continuou-se. Pode não ser o melhor barómetro mas é bom. Se votaram, leram. Se leram, é actividade.
Se formos "avaliar" no sentido mais concreto de análise e opinião concluímos que seriam entre 4 a 6 por mês (contando com representantes) mas mais porque foram os primeiros a apresentar uma justificação com que alguns concordam do que realmente os únicos a opinar
Raios parta o taçardês, já é a segunda vez que entro e vejo Reto Semanal em vez de Weekly Challenge.
Porra, reto não se diz!
Não, não quero ver o meu rango!
Estamos todos de recto exposto...
Reto à esperança
Votado
Seria bom de mais para ser verdade, se as regras do lolgresso fossem aquelas 4.....
Se todos se portassem bem nem existiriam
Tudo para dizer:
" - Congresso paranóico
- Impotência governamental
- Letargia social
- Burocracia
- Economia se não estivesse mal em todo o lado".
já reparei nisso. Votado.
toma 1 comentário para a missão fajuta do prato
O que se passa Jules para andares a tomar as coisas a sério ?
Os meus 10 tostões:
Seria importante definir bem as funções do governo, congresso e "aparelho público". Uma vez definido as funções que reconhecemos vantagem que seja o estado a fazer; exemplo; exército, negócios estrangeiros, formação, dinamização da comunidade, recrutamento, etc seria na minha opinião útil criar estruturas que trabalhassem nesses temas independentemente do governo. Estruturas que não dependem de quem é o CP para desenvolverem as acções necessárias. Se este "aparelho público" existisse, uma parte relevante dos actuais governos desaparecia e permitia enfoque nas coisas verdadeiramente importantes.
Dou o exemplo da política externa. Quanto tempo passa um novo CP (especialmente aqueles com menos experiencia) à procura dos interlocutores correctos em outros países ? Parece que se tornou moda o CP e o MoFA serem as mesmas pessoas e o tempo gasto pelo CP nesta função tem sido predominante. Na minha opinião, esta área, se bem que crítica, não pode gastar tanto tempo ao CP, nem podemos estar dependentes da opinião do CP (excepto se bem explícita no seu programa e sufragada) na forma como nos relacionamos com aliados. Os aliados esperam de nós... consistência. É a base da fiabilidade. Qualquer governo tem de ter noção de como estão as nossas relações com aliados e não começar a cada mês tudo de novo.
Tendo as operações entregues, é muito mais fácil ao governo ter tempo para conversar com o congresso sobre temos em que o consenso é necessário.
Falamos acima de avaliação de congressistas. As unicas pessoas que têm poder sobre os congressistas são os lideres dos respectivos partidos. São eles que os podem excluir ou incluir na próxima eleição. Outras avaliações podem influencia-los mas são um pouco perda de tempo.
"Outras avaliações podem influencia-los mas são um pouco perda de tempo. "
Acho que existe mais por motivos de transparência do que escolha dos presidentes
Demasiada burocracia, demasiadas regras, muito blá blá blá, pouca acção...
Já alguém leu a totalidade das regras e leis do congresso? Parece o codigo penal completo. Para quê?
Representante congresso - ??????
Lista negra - ?????
Orcamento estado- ?????
Discussão prévia, 24 horas de espera - ?????
Penalidade e recusa de aprovação por má gestão da proposta - ????
Registo de actividade - ????
Estas coisinhas insignificantes ocupam 90% do congresso.
Agora façam uma reflexão e vejam porque as coisas vao mal.
Podia dizer muito da experiência vivida com uma triste parte deles (congressistas) ... mas não vale a pena.
Porque mesmo com essa guerrilha toda consegui atingir a maioria dos objectivos do meu mandato. ...
Não foi fácil ... mas também não foi missão impossível.
Para fazer bem as coisas, desenvolver estratégias, caminhar na direcção correcta para atingir objectivos... fazem falta boas ideias e muito empenho. E se calhar este jogo cada vez oferece menos motivação para ocupar o tempo nele. Seja como for, continuo a achar que é um excelente simulador do que o próprio mundo real é. No bom e no mau. Até na importância que o dinheiro tem no seu funcionamento.
Nao votado e nao comentado
Muito complicado.
Votado. Há-que concordar! E Portugal e os seus pilares precisam de começar a remar juntos para o mesmo sentido
Concordo na generalidade. Acho q só discordo mesmo de forma irredutível c/ a defesa da disciplina de voto dos congressistas.
As 4 regras do congesso q apresentas são os princípios básicos. Então a última é elementar LOL.
Votado
"As 4 regras do congesso q apresentas são os princípios básicos. Então a última é elementar LOL."
E mesmo assim há quem discorde
Pior: mesmo assim há quem viole sistematica/ a última.
ou isso, sim
K.I.S.S. (Não é para ti Jules, não á frente desta gente toda, porque sou um pirata honrado).
Keep It Simple and Stupid. Talvez haja burocracia a mais para tão poucas decisões que há a tomar neste jogo.
Mas eu não sei nada... Só comentei por causa da missão
na verdade é "Keep It Simple, Stupid!"
sei disso porque estão sempre a martelar-me isso na cabeça 😃
Como queiras... Mas eu prefiro a banda "Knights In Satan Service"
To much serious biz, but voted
Momento Spam
http://www.erepublik.com/en/article/o-regresso-do-partido-portugal-2489451/1/20
E propaganda política!
É por isto que o Partido Portugal, para auxiliar o nosso país, Por Portugal e Mais nada
Votado
Jules... Eu votei, eu "paguei", eu fiz 30 por uma linha... Mas devido à seriedade em todo o artigo, confesso que não o li... 🙁
Então fizeste 29 por uma linha 😐
O que esta malta não faz por uma linha, aiai deixem-se dessas vidas xD
Votado, pois claro
v... nao "pago" porque consigo estar bem mais teso do que tu.. nem 25 pte tenho.. que vergonha..
Não faz mal, estamos juntos. Estouro tudo em armas e comida
somos dois então....
Toda a gente sabe que o congresso é 1 + ovelhas dolly vs oposição.
Apoio este produto e/ou serviço.
[removed]
Tu queres é expor pilares
e a Pilar do Saramago onde entra no meio disto tudo?
Pela porta do cavalo
nojento!
v
tl;dr
mas vi as imagens por isso patrocinei e votei
Vvv
V e até comento, mesmo q já ñ necessites.
concordo na generalidade.
e até me veio à ideia outra idéia... gostava de ver os congressistas serem eleitos por cada região, aumentaria o grau de representatividade e a noção dessa responsabilidade.
Por outro lado aproximaria o congresso aos cidadãos votantes.
Acabava por acontecer o contrário. Voltar a colocar congressistas por região seria de novo ter congressistas eleitos com 0 votos sem qualquer controlo por parte do partido. Seria o alvo perfeito de gold diggers
Então e a ética?... esquece... parvoíce.
Tenho de me mentalizar q ainda qu'isto seja 1 jogo, as fraquezas humanas continuam a ser o ditador viperino