[Roleplay] Consciência Doentia

Day 1,142, 17:44 Published in Brazil Brazil by Rafael Krugh
[Roleplay] Este artigo é baseado no roleplay, uma maneira de descontração e diversão criada a partir do eRepublik.

[Roleplay] This article is based on roleplay, a way to have some fun creating stories based on eRepublik.




A loucura pode ser uma virtude em batalha.
Coragem não significa a ausência de medo, mas sim a força para vencer o medo. A sede de sangue que envolve minha alma domina meu pensamento e faz com que meus momentos de lucidez sejam raros.

Vez ou outra, uma parte geralmente adormecida, que alguns chamam de consciência, vem me incomodar com pensamentos confusos.

No desolado campo de batalha, em meio aos destroços do que um dia foi cobiçado por alguém com mais poder do que bom senso a solidão faz do companheiro de batalha um irmão.



Procurar sentido e compreenção em meio a uma imensidão vazia onde apenas gritos de horror são ouvidos enquanto acoam longe não é uma atitude sensata.
Começo a duvidar que meu estado de pensamento atual realmente é a lucidez.



Por um momento percebo em minha mente todos os pensamentos sobre todos os que morreram na guerra em que ajudo a promover. Percebo quanta dor e sofrimento meu pelotão já causou, quantas famílias meus irmãos já destruiram.



Essa percepção me deixou com um sentimento estranho, uma sensasão ruim de perceber que não se está fazendo o certo. Minha sede de sangue mostrou-se infundada e inútil. Matar para satisfazer as vontades de algum nobre que passa as tardes tomando chá e decidindo quem deve atacar. Não. Não é isso que eu quero para minha vida.

Um suspiro sombriu emerge em meu peito ao perceber uma mudança de ideais. Conheço minha mente e sei que é inútil resistir à tentação. Resistir ao impulso de puxar o gatilho, resistir ao prazer do cheiro do sangue escorrendo. Não quero mais esta sensação de estar matando sem um propósito e de estar utilizando a vontade da burguesia como desculpa para curar minha mente da loucura incurável.

Chega.

Declaro hoje para meu eu, para o que resta de sanidade neste momento que julgo ser lúcido, a guerra contra àqueles que me fizeram assim. Juro de morte todo aquele que define sua influência como uma virtude de sua pessoa antes de demonstrar seu caráter.

Vou embora desta cidade, para longe desta guerra. Algo me diz que encontrarei meu rumo fora daqui.

Meu companheiro não quis me seguir. Respeito ele e seus ideais e me despeço de forma rápida. Não posso perder tempo.



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