PARTIDOS

Day 1,272, 08:20 Published in Brazil Brazil by L.Cohen



Sumário:
Seção 1 - Introdução ou “Apenas para os novatos”
Seção 2 – O outro cargo eletivo ou “Presidente de Partido” (ainda para novatos)
Seção 3 – No fio da navalha (e como não se machucar nele)
Seção 4 – PTOs e Candidatros alternativos
Seção 5 – Ética e os Partidos





Seção 1 – Introdução ou “Apenas para os novatos”

Partidos políticos são ferramentas de participação política no eRepublik.
Você pode ter uma participação políticas sem usar essa ferramenta, mas ela é essencial para concorrer a cargos eletivos:
- Presidência do País
- Congresso


Sem pertencer a um partido você pode:
- Compor a equipe de governo
- Atuar na definição da política de funcionamento do exército (se participar deste é claro)
- Definir ou atuar na definição da política de funcionamento de uma milícia (idem)
- Pode também participar do conjunto de embaixadores do Brasil em outros ePaíses




Também pode expor sua opinião sobre vários assuntos e mesmo mobilizar os demais jogadores através de seu jornal para tomarem alguma postura, para votarem (ou não) em alguém, e pedir que os congressistas votem sim ou não nas várias leis do congresso.


E aqui ocorre um fato fascinante: Ter uma atuação política exige sempre algum grau de competência e habilidades, principalmente com as palavras e de conhecimento das regras do jogo (ser cara-de-pau também ajuda).



Mas o fascinante é que ser eleito congressista ou ser eleito presidente são as maneiras de fazer política que menos exigem competências (presidente é mais difícil, é claro).

Então, como são um atalho importante para fazer amigos e influenciar as pessoas, os partidos políticos são ferramentas muito valorizadas.

Os partidos podem ser criados por uma pessoa (de nível 16) que se disponha a pagar 40 golds, ou por um grupo de cidadãos que dividam o custo. Você pode também entrar em um partido (se tiver pelo menos nível 13) já aberto, é claro (e aí sai de graça).


Ah sim, é claro, apenas os cinco maiores partidos de um país podem apresentar seus membros às eleições do congresso.




Seção 2 – O outro cargo eletivo ou “Presidente de Partido” (ainda para novatos)

Partidos políticos tem presidentes. E eles são eleitos.

Se você é o único membro de um partido é claro que você é o presidente, mas qual a graça de presidir apenas a você mesmo. O desafio é ser considerado como digno de liderar por um grupo de pessoas, quanto maior esse número, maior o desafio, e maior a dignidade. E, como assinalado, apenas partidos grandes realmente influenciam à política com candidatos ao Congresso.



Os presidentes de partidos tem as funções técnicas de editar os detalhes do partido (mudar o nome, a orientação política, o logotipo.

Mas também tem as funções políticas de definir quais os três membros do partido que vão participar da eleição para o congresso em cada região e qual membro vai concorrer à presidência do país, ou a qual candidato de outro partido o seu vai apoiar.

Isso é algum poder, afinal das contas, então o PP (presidente do partido) é capaz de apoiar ou barrar uma carreira política.
Por isso as eleições para Presidentes de Partidos são importantes.

Mas os PPs não podem tudo, e por isso eles são ainda mais importantes.

Os PPs não podem decidir quem pode ou não entrar no partido, e também não pode expulsar ninguém do partido.

E isso torna o cargo ainda mais importante porque alguém pode entrar em um partido nos últimos minutos da véspera da eleição e candidatar-se a congressista ou a presidente do partido sem qualquer outro requisito além do nível mínimo no jogo.

No caso das eleições para o congresso é muito fácil de atuar: o PP convoca os membros de seu partido para se candidatarem ao congresso, sendo escolhidos por ele, o que bloqueia aos membros indesejados.


Oportunista...

Mas para a eleição de PP, é claro que ele não pode agir assim, qualquer um pode se candidatar e ganhar o poder de escolher quem se candidata ou não.

Esse é o grande bicho papão do eRepublik, o famoso e temido PTO – Political Take Over – ou “Assumir o Controle Político”.




Seção 3 – No fio da navalha (e como não se machucar nele)

Então, todo mês é a mesma ansiedade. Não são apenas membros antigos do partido que podem concorrer à presidência deste, não há “cargos intermediários” para assumir antes de merecer ser o presidente, e pior, eu posso entrar em um partido com alguns amigos hoje e, com os votos destes, ganhar a presidência.



Isso seria muito simples de ser resolvido com os mecanismos do jogo, exigindo que os candidatos a PP (e os eleitores) tivessem um tempo mínimo (uma semana seria suficiente) de permanência no partido, e permitindo que um membro do partido fosse expulso com os votos da maioria dos membros.

Mas isso não existe. Então o que precisa acontecer é que os partidos, quando atingem certo tamanho, precisam de mecanismos internos informais para evitar um PTO.
Longe de ser um instrumento ditatorial, normas de funcionamento interno dos partidos são fundamentais para garantir a expressão das idéias e diversidade de opiniões, ao mesmo tempo que limita a participação de oportunistas e aventureiros.

Sob essa ótica, o debate interno para definir a sucessão do PP, a adoção de fóruns fechados para debater a política interna, e outras formas que excluam os recém-chegados são medidas justificáveis e necessárias.

O difícil é fazer isso sem tolher o debate interno e a renovação.


Quando as regras são restritivas demais fazendo com que um grupo pequeno se perenize no poder, e se os membros do partido não são um bando de ovelhinhas (brancas Vigon, brancas...), esses membros podem simplesmente sair do partido e entrar em outro (aqui no e-mundo isso é muito fácil) ou desenvolver uma oposição interna (ideológica ou pragmática) e tomar o poder, e mudam as regras.

Claro, se a direção do partido for realmente tirana e tiver meios de coerção efetivos, só resta sair do partido e torcer para não serem perseguidos até que saiam do jogo.




Seção 4 – PTOers ou Candidatros alternativos

“Na guerra a primeira vítima sempre é a verdade.”

Um partido não é uma pessoa, portanto diferenças de opinião são uma constante dentro deles (se não são, esse partido tem um problema).

Pessoas lidam de maneiras diferentes com aqueles que discordam delas. Infelizmente vemos que aqui a maioria das pessoas trata os diferentes como inimigos, e criam versões míticas do que teria ocorrido (ou seja, dizem mentiras que, na cabeça delas, até podem parecer verdades).

Quando uma disputa partidária ultrapassa os limites do partido (e há várias razões, boa e más para que isso aconteça), somos bombardeados com versões e opiniões que nem sempre são verdadeiras ou honestas, e fica difícil saber que posição tomar (isso se precisamos, ou devemos, tomar uma).

Não caberia aqui julgar os fatos que estão acontecendo (como eu disse, há um grande bombardeio de meias-verdades), mas apenas colocá-los em perspectiva:

Os limites entre um invasor PTOer que quer destruir um partido e um membro desse partido que está em desacordo com os caciques, são muito sutis, e, por vezes variam de acordo com quem está olhando.

O orgulho, e suas irmãs menores a vaidade e a arrogância, são componentes que precisam existir para mover a máquina política, mas muitos políticos exageram. Quando um partido está ficando velho, ranzinza e prepotente, e seus líderes ficaram muito acostumados em liderar, é muito mais simples sair dele (fazendo muito barulho e batendo a porta com força), do que tentar tomar o poder dentro das regras. Apenas o orgulho nos faz bater de frente (bom essa batida também faz muito barulho, se é esse seu objetivo...).



Há condutas que são claramente anti-éticas:
- comprar votos
- entrar em um partido apenas para votar pró ou contra um certo candidato, sem nunca ter tido nenhuma relação com esse partido.

Mas há manobras consideradas éticas mas que são muito semelhantes às acima:
- pagar passagens para que se vá votar em um candidato em uma dada região
- entrar em um partido apenas para votar CONTRA um candidato que está tentando tomar o poder.
- entrar em um partido TOP5 para se candidatar ao congresso (com a aprovação do presidente desse partido).


É sutileza demais para a maioria das pessoas...


Seção 5 – Ética e os Partidos

Como conclusão temos que:

- Os partidos são importantes.

- Os partidos precisam se mecanismos de auto-controle.

- Os partidos podem mudar e evoluir.

- Os partidos podem não mudar e morrer.

- Os partidos são tão éticos como é a ética de seus líderes.



- Os limites da ética variam de acordo com a opinião pessoal.

- Os membros dos partidos podem discordar de seus líderes sempre que quiserem.

- Os membros dos partidos podem deixar seus líderes falando sozinhos sempre que estes forem canalhas.

- Sempre vai ter alguém querendo brigar mais para ver sangue do que para resolver um problema.

- Se você não tiver estômago para participar de um partido político, você pode fazer política fora dele.

- Quando os canalhas começam a envolver pessoas de fora nas suas disputas partidárias, eles se revelam canalhas de primeira linha e deveriam ser condenados ao esquecimento.



- “O poder é de vocês!”