O que as novas implementações mudam para os eBrasileiros?

Day 1,106, 20:04 Published in Brazil Brazil by UAIE Corp. Ltda

Este artigo tem por objetivo lançar luz sobre as mudanças ocorridas recentemente nas matérias-primas e estabelecer algumas discussões sobre seus efeitos. O texto está dividido em oito partes:

1 ) Entendendo as mudanças
2 ) O que muda para o cidadão comum?
3 ) O que muda para as empresas de matérias-primas?
4 ) O que muda para as empresas de comida?
5 ) O que muda para as empresas de armas?
6 ) Como eu, eEmpresário, posso ganhar com isso?
7 ) Como deve ficar o mercado?
8 ) O que muda para o eBrasil?

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1 ) Entendendo as mudanças

Em primeiro lugar, faz-se necessária uma ilustração. A produtividade básica de um funcionário (com 100 de vida e sem nenhum booster ou bonus) segue esta tabela:

Isso posto, vamos às comparações.

Como funcionava até a última segunda feira?
Até então, existiam apenas cinco matérias-primas: cereais, ferro, titânio, petróleo e pedra. Uma região poderia ter um nível alto, médio ou baixo de cada um desses recursos. Se uma empresa de grãos, por exemplo, estivesse em uma região de nível alto de grãos, a produção seria exatamente igual à produtividade. Ou seja, um funcionário cuja produtividade fosse de 288 produziria as mesmas 288 unidades de grãos.

Se uma empresa de grãos estivesse em uma região de nível médio desse recurso, então a produção seria igual à metade da produtividade. Ou seja, a produtividade de 288 de um funcionário especialista teria correspondido à produção de apenas 144 unidades de grãos. E ainda, se a empresa estivesse em uma região de nível baixo de grãos, a produção seria de apenas um terço da produtividade – nada mais que 96 unidades de grãos para a produtividade de 288.


E como funciona agora?
Com as alterações, existem agora dez tipos de matérias primas, sendo cinco alimentícias e cinco minerais*. As alimentícias são grãos, cervos, gado, peixes e frutas. As minerais são ferro, alumínio, borracha, petróleo e salitre. Todas as regiões do mundo têm nível alto de exatamente UMA matéria-prima e nível médio de todas as outras.

A produção e a produtividade não dependem mais da região em que a empresa está instalada. Em todas as empresas de matérias-primas a produção corresponde à metade da produtividade do funcionário (como eram as empresas lotadas em regiões de nível médio de recursos antigamente). E foi incluído um bônus de 25% de produtividade, relacionado ao território total do país em que a empresa está estabelecida. Se um determinado país tem pelo menos uma região rica em grãos, então todas as empresas de grãos desse país terão um acréscimo de 25% na produtividade de seus funcionários. Se o país não tem nenhuma região rica em grãos, nenhuma empresa de grãos desse país terá bônus de produtividade. O mesmo vale para ferro e petróleo.

O bônus de produtividade é um pouco diferente para as indústrias de comida e de armas. São cinco matérias-primas alimentícias e cinco matérias-primas minerais e cada uma delas corresponde a 5% de acréscimo de produtividade no seu ramo. Se um país tem pelo menos uma região rica em cada um dos recursos alimentícios, então as empresas de comida desse país também terão 25% de acréscimo de produtividade. Se por outro lado o país só tiver regiões de alto nível de quatro das cinco matérias-primas, então seu bônus será de apenas 20%. Se o país não tiver nenhuma região rica em matérias-primas alimentícias, não há bônus. O mesmo raciocínio vale para as indústrias de armas, considerando as regiões ricas em matérias-primas minerais.

* Eu sei que borracha provém de extrativismo vegetal e não mineral, mas foi a melhor forma de classificação que encontrei.



2 ) O que muda para o cidadão comum?

Como será explicado mais pra frente neste artigo, é provável que essas mudanças causem inflação de preços de matérias-primas e posteriormente de produtos finais – e redução de salários. Com salários reduzidos e preços mais altos de armas e comida, o que vai mudar para o cidadão comum é a poupança. Será mais difícil juntar dinheiro nessas condições. Talvez fiquem prejudicadas as participações em guerras. Com menos dinheiro sobrando, reduz-se a capacidade de compra de armas e comida, logo reduz-se a disposição para participar de conflitos.

As empresas terão que fazer ajustes para se adequarem às mudanças. Se os salários se mantiverem como estão, os preços de comida e armas deverão subir por volta de 25%. Se os preços se mantiverem, os salários cairão algo em torno de 37,5%. Provavelmente o resultado final será uma mistura das duas coisas, os preços subirão menos que os 25% e os salários cairão menos que os 37,5%. Mas de qualquer forma o aperto nas contas é evidente.

Os bônus de produtividade agora estão relacionados ao país. Se o país tem ao menos uma região rica em grãos ou ferro ou petróleo, então a produtividade dos trabalhadores das empresas do respectivo ramo terão sua produtividade aumentada em 25%. Nas empresas de comida e armas, o aumento de produtividade depende de quantas regiões ricas em recursos alimentícios e recursos minerais o país tem. Quanto mais recursos diferentes, maior o bônus desse ramo. Então o cidadão deverá ficar inclinado a preferir trabalhar em empresas cuja produtividade tenham bônus, pois podem ganhar mais pontos de habilidade e subir de nível profissional mais rapidamente.




3 ) O que muda para as empresas de matérias-primas?

Como agora a produção corresponde à metade da produtividade do funcionário, mesmo com o bônus de 25% de produtividade pelas regiões ricas em grãos, ferro e petróleo a produção está menor do que antes. Vejamos um exemplo prático:

Um funcionário comum tinha uma produtividade diária de 200. Trabalhando em uma empresa instalada em uma região de nível alto de grãos, ele produzia diariamente 200 unidades de grãos. Agora, com as mudanças, sua produtividade aumentou em 25% por causa do bônus e subiu para 250 diários. Mas como a produção corresponde à metade desse valor, ele produz por dia apenas 125 unidades de grãos, ou seja, 62,5% do que produzia antes.

O que precisa ser feito? Para se manter a lucratividade da empresa no mesmo nível de antes, o ajuste poderá ser feito de duas formas: via preço ou via salários (ou ainda uma combinação dos dois). Vejamos o caso do funcionário com 200 de produtividade:

: : : Antigamente : : :
Produtividade = 200
Produção = 200 unidades diárias
Preço de venda = 0,05 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(200 unidades vendidas a 0,05 cada = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via preços : : :
Produtividade = 250
Produção = 125 unidades diárias
Preço de venda = 0,08 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(125 unidades vendidas a 0,08 cada = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via salários : : :
Produtividade = 250
Produção = 125 unidades diárias
Preço de venda = 0,05 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 5,63 BRL
(125 unidades vendidas a 0,05 cada = 6,25 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 5,63 BRL a serem pagos ao funcionário.)

Em resumo, para que o ajuste seja feito de forma a manter a margem de lucro da empresa, os preços deverão ser inflacionados em 60% ou os salários deverão ser reduzidos em 37,5%. Esse raciocínio vale para empresas produtoras de grãos e ferro.

O ajuste é ainda maior para empresas produtoras de petróleo, visto que não há bônus de produtividade no eBrasil, e de titânio e pedra. Nesses casos o acerto deverá ser de 100% no preço (dobrar) ou de 50% nos salários (cortar pela metade). Alguma mudança maior ainda deve ser feita com relação a essas empresas. No comunicado os admins informaram que as empresas fabricantes de titânio serão as primeiras (e por um tempo as únicas, junto com as de tickets, casas e pedras) a poderem mudar de ramo, quando da implantação das novas indústrias.




4 ) O que muda para as empresas de comida?

O planejamento não muda muito para as empresas desse ramo. A produção diária em relação à produtividade não mudou. E ainda há o bônus de produtividade em relação às regiões ricas em recursos do país. Logo, teoricamente, haveria uma queda de preços de comida no mercado, mas esse movimento pode acabar sendo anulado pelo aumento no preço das matérias-primas. Tudo vai depender de como as empresas de raw farão os seus ajustes, se via preços ou se via salários. Vamos aos exemplos práticos. Estou considerando aqui uma empresa de comida Q1, no eBrasil atual, com regiões ricas em 3 recursos alimentícios (15% de bônus):

: : : Antigamente : : :
Produtividade = 200
Produção = 33,33 unidades diárias
Preço de venda = 0,60 BRL por unidade
Preço de custo = 0,30 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(33,33 unidades vendidas a 0,60 cada = 20 BRL. Custo das 33,33 unidades produzidas = 10 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via preços : : :
Produtividade = 230
Produção = 38,33 unidades diárias
Preço de venda = 0,74 BRL por unidade
Preço de custo = 0,48 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(38,33 unidades vendidas a 0,74 cada = 28,4 BRL. Custo das 38,33 unidades produzidas = 18,4 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via salários : : :
Produtividade = 230
Produção = 38,33 unidades diárias
Preço de venda = 0,46 BRL por unidade
Preço de custo = 0,30 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 5,53 BRL
(38,33 unidades vendidas a 0,46 cada = 17,64 BRL. Custo das 38,33 unidades produzidas = 11,5 BRL. Resultado = 6,14 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 5,53 BRL a serem pagos ao funcionário.)

Se as empresas de comida acompanharem o ajuste via salários das empresas de grãos, o preço do produto cairá aproximadamente 30%. Se por outro lado as empresas acompanharem o ajuste via preços, o preço final da comida subirá por volta de 23%. Esses cálculos são baseados para margens de lucro iguais, agora e antes das mudanças.




5 ) O que muda para as empresas de armas?

O raciocínio para as empresas de armas é bem semelhante ao das empresas de comida. Mas as novas alterações criaram uma disparidade entre as empresas de armas que usam ferro e as que usam titânio como matéria-prima. Não há bônus de produtividade para empresas produtoras de titânio, só para as de ferro, de forma que a produção daquelas companias ficou ainda mais apertada – e os seus ajustes serão mais fortes do que os das demais. Logo, o preço do titânio provavelmente subirá mais do que o preço do ferro, fazendo com que as armas que usam ferro em sua composição tenham um preço de custo menor do que as que usam titânio.

O eBrasil tem atualmente duas regiões ricas em recursos minerais, ferro e borracha. Tinha três no início do dia, mas perdemos o controle de Andalucia para a eEspanha, que era uma região rica em salitre. Vamos ao exemplo prático. Calculando para uma empresa de Tanque Q1 ou Rifle Q1, que usam ferro como matéria-prima. Consideramos apenas 10% de bônus de produtividade, pelos dois territórios originalmente eBrasileiros.

: : : Antigamente : : :
Produtividade = 200
Produção = 3,33 unidades diárias
Preço de venda = 6,00 BRL por unidade
Preço de custo = 3,00 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(3,33 unidades vendidas a 6,00 cada = 20 BRL. Custo das 3,33 unidades produzidas = 10 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via preços : : :
Produtividade = 220
Produção = 3,66 unidades diárias
Preço de venda = 7,52 BRL por unidade
Preço de custo = 4,80 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(3,66 unidades vendidas a 7,52 cada = 27,6 BRL. Custo das 3,66 unidades produzidas = 17,6 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via salários : : :
Produtividade = 220
Produção = 3,66 unidades diárias
Preço de venda = 4,70 BRL por unidade
Preço de custo = 3,00 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 5,61 BRL
(3,66 unidades vendidas a 4,70 cada = 17,23 BRL. Custo das 3,66 unidades produzidas = 11 BRL. Resultado = 6,23 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 5,61 BRL a serem pagos ao funcionário.)

Se as empresas de tanque e rifle acompanharem o ajuste via salários das empresas de ferro, o preço do produto cairá aproximadamente 22%. Se por outro lado as empresas acompanharem o ajuste via preços, o preço final das armas subirá por volta de 25%. Esses cálculos são baseados para margens de lucro iguais, agora e antes das mudanças. Vejamos como fica o caso das empresas produtoras de helicópteros e artilharia, que usam titânio em sua composição (lembrando o ajuste de preços maior das empresas de titânio, conforme explicado no fim do item 3 deste artigo):

: : : Antigamente : : :
Produtividade = 200
Produção = 3,33 unidades diárias
Preço de venda = 6,00 BRL por unidade
Preço de custo = 3,00 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(3,33 unidades vendidas a 6,00 cada = 20 BRL. Custo das 3,33 unidades produzidas = 10 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via preços : : :
Produtividade = 200
Produção = 3,33 unidades diárias
Preço de venda = 9,00 BRL por unidade
Preço de custo = 6,00 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 9,00 BRL
(3,33 unidades vendidas a 9,00 cada = 30 BRL. Custo das 3,33 unidades produzidas = 20 BRL. Resultado = 10 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 9 BRL a serem pagos ao funcionário.)

: : : Ajuste via salários : : :
Produtividade = 200
Produção = 3,33 unidades diárias
Preço de venda = 4,87 BRL por unidade
Preço de custo = 3,00 BRL por unidade
Margem de lucro = 10%
Salário = 5,61 BRL
(3,33 unidades vendidas a 4,87 cada = 16,23 BRL. Custo das 3,33 unidades produzidas = 10 BRL. Resultado = 6,23 BRL. Extraídos 10% do lucro, sobram 5,61 BRL a serem pagos ao funcionário.)

Para acompanhar o ajuste via preços, as empresas de helicópteros e artilharia teriam que subir os seus preços de venda em 50%, muito acima dos preços de tanques e rifles. Se fizer o ajuste via salários, terá poderá reduzir o seu preço de venda em 18,8%, mas ainda assim ficará acima do preço das outras armas. Para competir com as empresas de tanque e rifle, as empresas de helicópteros e artilharia teriam que reduzir muito suas margens de lucro. Se nesse último exemplo do ajuste via salários as empresas de armas que usam titânio forçassem o preço de venda nos mesmos 4,70 BRL das armas que usam ferro, estariam reduzindo a sua margem de lucro de 10% para míseros 1%.




6 ) Como eu, eEmpresário, posso ganhar com isso?

No curto prazo algumas empresas terão problemas. A queda repentina da produtividade das empresas de matérias-primas gerará alguns atritos nas contas dessas empresas até que os preços subam e/ou os salários caiam. Mas no longo prazo as margens de lucro das companias voltarão ao patamar original e o efeito será mesmo sentido pelos cidadãos, que terão menos rendimentos e gastos mais elevados. E os admins informaram que logo haverá a possibilidade das empresas mudarem de ramo ou de região, se sentirem-se prejudicadas pelas mudanças.

Em toda mudança, quem se adapta mais rapidamente ganha mais. Então, como fazer para otimizar os ganhos com essas novas mudanças? A chave está na localização. Essa mudança na configuração das regiões diminuiu o número de países ricos em cada um dos recursos, de forma que os custos de produção ficarão muito desnivelados de um país para outro. Provavelmente haverá uma reorganização do mercado externo. Produzir em um país rico em grãos e ferro para vender em um país que não têm regiões com esses recursos pode ser bastante lucrativo.

A produtividade em um país com regiões de grãos ou ferro é 25% maior do que a produção em países onde não há regiões ricas nesses recursos. E há países grandes sem recursos desse tipo. Os Estados Unidos, por exemplo, não têm nenhum território original que seja rico em ferro. A Argentina também não tem grãos.

As mudanças nos mercados também podem gerar bons ganhos com especulação. Explico melhor no item a seguir.




7 ) Como deve ficar o mercado?

Vejamos separadamente.

Mercado local
No curto prazo, os preços das matérias-primas têm tendência a subir. O grão já passa de 0.12 BRL. O ferro, cujo preço tem menos elasticidade em relação às variações de salário, também já passa de 0.08 BRL. Com essa alta, os preços dos produtos manufaturados também não tardam a subir. Se você sentir o movimento forte de subida, compre o máximo que puder antes que suba mais. Se sentir que não tem mais tanta força ou se tiver como segurar a demanda por um tempo para esperar que os preços caiam novamente e haja um ajuste nos salários, espere. O importante é evitar comprar quando os preços estiverem no ponto mais alto.

Se por outro lado você tem matéria-prima pra vender, essa é a hora! Em algum momento breve deve haver uma queda. Os níveis ficarão mais altos do que estavam na segunda-feira, mas ainda assim haverá uma queda. As mudanças nas fórmulas geraram uma grande ansiedade nos managers de empresas de matérias-primas e boa parte da alta dos preços deve-se a isso. Na segunda-feira havia mais de dez páginas de oferta de grãos no mercado, por exemplo, e hoje há apenas duas. Muitas empresas, pelo choque das mudanças, pararam a produção ou tiraram todos os produtos em oferta.

Mercado monetário
Como eu disse, haverá uma reorganização do mercado externo. Países que eram muito atrativos para se produzir de repente deixaram de sê-lo e outros que eram desprezados passaram a ficar mais importantes. Managers podem já estar procurando novos lugares para investirem e abrirem empresas e com certeza esse movimento aumentará quando os admins liberarem as empresas para mudarem de ramo e de região. Para investirem empresas em outros países, os empresários terão que comprar moeda local do país para onde vão, de forma que a moeda local dos países que se tornaram importantes da noite para o dia devem sofrer uma apreciação. Comprar moeda local desses países agora para revender quando os preços delas subirem é uma boa forma de ganhar dinheiro. Mas seja cauteloso, evite empreendimentos muito arriscados e evite investir muito dinheiro em uma moeda só.

Mercado de trabalho
Inevitavelmente haverá uma queda nos salários. As ofertas de salário para o nível Expert, que por esses dias estavam próximas de 18 BRL hoje já estão a 16 BRL (afora uma ou duas ofertas de trabalho de managers tresloucados, muito acima das demais). Para os empresários, a dica é ficar de olho no movimento do mercado para controlar o salário dos seus funcionários, para evitar que daqui a um ou dois dias você esteja pagando 10%, 20% mais que o máximo do mercado desnecessariamente. Se puder adiar a contratação de novos funcionários por alguns dias, também é recomendável, pois não se pode reduzir o salário do funcionário nos três primeiros dias de emprego.

Se você é cidadão, a dica é procurar emprego rápido. Encontre uma empresa que pague bem agora, antes que o movimento de queda de salários aconteça, para já garantir um pouco mais de dinheiro. A segunda dica é lembrar-se dos diferenciais de produção. Empresas de grãos e ferro em um país rico nesses recursos têm um bônus de 25% de produtividade, fazendo com que você ganhe mais pontos de habilidade e melhore seu nível profissional mais rapidamente. Empresas de alimentos têm 15% de bônus (pois o eBrasil tem regiões ricas em peixes, frutas e cereais) e empresas produtoras de rifle e tanque têm 10% de bônus (pelas riquezas em ferro e borracha). Demais empresas não têm bônus de produção. Portanto, faça as contas. Por salários iguais, é melhor trabalhar em empresas produtoras de grãos ou ferro, onde sua produtividade será 25% maior, logo em seguida as de alimentos, depois as de rifle e tanque e as demais por último. Havendo diferença no nível de salário oferecido, veja o que compensa mais, se a diferença que você vai receber em dinheiro ou se a diferença que você vai receber em produtividade.

Empresas à venda
Sim, aqui também pode ter uma fonte de dinheiro fácil. Muitos produtores de matérias-primas assustaram-se com as mudanças e estão fechando suas empresas. Fique atento para ofertas de empresas por valores baixos, pois tão logo os ajustes sejam feitos nos mercados local e de trabalho, a margem de lucro dessas companias voltam ao nível original, bem como o seu valor de mercado.

Pode-se ganhar dinheiro também com as informações assimétricas. Algumas empresas estão fadadas ao fim: os admins deixaram claro o fim dos negócios de hospitais, sistemas de defesa, pedra e titânio, no quinto parágrafo desse tópico. Mas antes que esses ramos sejam excluídos do jogo, haverá a possibilidade para os managers dessas companias de mudar o ramo de atuação da empresa e até de receber compensações por conta das mudanças. Empresários que não conhecem essas informações podem querer passar pra frente as empresas desses ramos a preços baixos. Se você tem gold sobrando para investir, pode ser uma boa hora de comprar empresas por um baixo custo e esperar as mudanças do jogo para transformá-las em empresas lucrativas ou apenas receber as compensações prometidas.

Da mesma forma, empresários donos de companias de matérias-primas que antes estavam em regiões ricas e agora não estão mais podem estar querendo se livrar das empresas, dadas as mudanças e a falta de informações. Comprar a baixo preço e depois das outras mudanças transformá-la em uma empresa de um ramo lucrativo ou simplesmente revendê-la a um preço mais alto também pode ser vantajoso.




8 ) O que muda para o eBrasil?

Organização administrativa
A reorganização das regiões levantou a questão do número original de regiões brasileiras. Temos apenas seis regiões de origem, enquanto países pequenos da Europa possuem em torno de 20. De fato seis regiões é pouco para um país como o eBrasil. Seja pela extensão do território, seja pelo tamanho da população (terceiro país mais populoso), seja pela história do país no jogo (já possuiu mais de vinte territórios)... Mas a reorganização das riquezas regionais seguiu o padrão de não deixar nenhum país com mais de cinco riquezas diferentes, independentemente do número de territórios originais. Assim, mesmo os Estados Unidos, por exemplo, que possuem mais de 50 territórios originais têm apenas 5 riquezas naturais. Portanto, aumentar o número de regiões no Brasil não aumentaria nossa disponibilidade de recursos, apenas aumentaria o número de territórios a defender e dissolveria as riquezas em mais regiões em vez de apenas uma para cada, como praticamente é atualmente. Cabe a discussão se vale a pena a mudança.

Economia
Em primeiro lugar, a administração do país precisa assumir um papel importante no movimento de ajuste dos mercados. Até que os ajustes dos mercados sejam propriamente encaixados, talvez seja interessante aumentar as alíquotas de impostos de importação de matérias-primas, de forma a proteger as empresas brasileiras desses ramos, permitindo-as fazer os reajustes necessários nos preços e reduzir os seus prejuízos de curto prazo.

Conforme explicado no fim do item 5, há uma disparidade grande entre a produção de ferro e de titânio e consequentemente os custos de produção e preço de venda de armas cuja matéria-prima é o ferro (rifles e tanques) e armas cuja matéria-prima é o titânio (helicópteros e artilharia). Não há IVA sobre o preço de matérias-primas, de forma que não há como tentar igualar os preços de custo da produção de ferro e de titânio utilizando-se esse artifício. Mas pode-se controlar IVA sobre os preços dos rifles e tanques, de forma a obrigar a venda a valores mais altos, para que as empresas de helicópteros e artilharia não fiquem excluídas do mercado.

O eBrasil não possui mais regiões ricas em petróleo, de forma que nossa produção desse item caiu mais que proporcionalmente em relação às outras – e em relação a alguns outros países. Dessa forma, faz-se necessária a manutenção de alíquotas vigorosas de impostos de importação de petróleo, para preservar indústrias petrolíferas nacionais.

Conforme explicado no item 6, o eBrasil tem regiões ricas em grãos. Atualmente, apenas 20 países têm regiões ricas em grãos, de forma que a produção brasileira e desses vinte países é 25% superior à produção de todos os demais. No continente americano, só Venezuela, Colômbia e Estados Unidos têm. Na Europa, França, Polônia, Hungria e Sérvia, majoritariamente. Em relação ao mercado de ferro, França, Estados Unidos, Itália, Turquia, África do Sul, Austrália são exemplos de países onde nossa produção também é 25% maior, pois tais não têm bônus. Há grandes mercados potenciais para os empresários brasileiros. Da mesma forma, países cuja produtividade é muito superior à nossa, como os países ricos em petróleo e os que têm muitas regiões ricas em recursos minerais podem tornar-se perigosos para o nosso mercado interno. Mais do que nunca, a imposição e exclusão de embargos comerciais é um importante ponto estratégico para o país.

Militarismo
É provável que aumente a tensão militar entre os países, em virtude do rearranjo das riquezas naturais. Saber quais regiões atacar e defender com maior urgência e vigor é também uma questão importante para o país. Temos atualmente essa configuração de riquezas naturais:

Três riquezas alimentícias (grãos, frutas e peixe) e duas riquezas minerais (ferro e borracha), sendo duas delas essenciais (grãos e ferro). Se uma ordem de prioridade tiver de ser estabelecida – obviamente, além dos fatores de soberania nacional, organização política e social etc., considerando apenas a questão de recursos – as regiões que possuem riqueza em grãos e ferro são prioridade 1 de defesa (no caso brasileiro, as regiões RS, PR e SC, Centro-Oeste e Algarve), as regiões únicas de recursos alimentícios e minerais são de prioridade 2 (Sudeste e Norte) e as regiões com repetição de riqueza de recursos alimentícios e minerais são de prioridade 3 (Nordeste e Ilhas Canárias).

Também há uma ordem de prioridade para ataques e conquistas de novos territórios, no que tange a disponibilidade de recursos. Se o objetivo é, por exemplo, atacar e conquistar um território de ePortugal, não havendo outras prioridades estratégicas, seria mais interessante a conquista da região 'Norte', que é rica em alumínio, um recurso que não temos, do que as regiões 'Centro' e 'Lisboa', ricas respectivamente em frutas e peixe, recursos que já possuímos. Sendo assim, a classificação de prioridade de conquista de territórios, em relação à disponibilidade de recursos é: Prioridade 1, regiões de recursos essenciais que não possuímos (atualmente, petróleo); Prioridade 2, regiões de recursos alimentícios e minerais que não possuímos (cervo, gado, salitre e alumínio); Prioridade 3, regiões de recursos essenciais que já possuímos (grãos e ferro); e Prioridade 4, regiões de recursos alimentícios e minerais que já possuímos (frutas, peixe e borracha).

Mais do que uma boa conquista para o nosso país, essas ordens de prioridade podem ser uma péssima perda para o país atacado. Por exemplo, a França tem 21 territórios e apenas dois deles são produtores de ferro e ambos com população abaixo de 100 (Alsace e Lorraine). Perder esses dois territórios pode talvez ser um golpe mais duro ao país, numa eventual guerra, do que perder a própria capital.




Espero que o artigo tenha sido claro e útil para os eBrasileiros. Vamos sair da onda geral de reclamações e usar as mudanças em nosso favor. Quem sai na frente sempre tem mais vantagem.

Até a próxima!