Da minha candidatura ao SDP

Day 545, 16:08 Published in Portugal Portugal by Judazs

Até ao passado dia 5 de Maio, encontrava-me na Indonesia, a trabalhar para ganhar dinheiro, para gastar em armas na luta contra a Roménia, a defender a Teocracia como a concebo, diferente da que é aplicada na Suiça, e a escrever artigos ocasionais sobre tudo o que considerava oportuno, sobre as ideias que tenho, sobre a forma como vejo o mundo, sem nunca deixar de acompanhar os assuntos internos de Portugal e da Suiça, bem como a evolução da guerra Atlantis – PEACE-GC.

Desde que abandonei Portugal, mantive sempre um olhar atento a tudo o que por cá se passou, especialmente na possibilidade de takeovers a Partidos Presidenciaveis, para evitar ataques Militares pela via Politica. Neste sentido sempre alertei a liderança do SDP, na pessoa da AngelofSorrows, para o perigo de o partido ser tomado de assalto por membros estranhos ao país, tendo sempre afirmado que caso houvesse esse perigo, eu proprio financiaria um Takeover ao SDP de forma a garantir a Segurança Nacional, o que de facto aconteceu nas Eleições internas de Março 2009, em que o Popelus, cidadão de origem espanhola, se candidatou com o objectivo de tomar o Partido.

Do estrangeiro, onde me encontrava, agi no sentido de o impedir, pedindo pessoalmente a um ex-lider do SDP que se candidatasse, para o bem nacional. Do estrangeiro financiei do meu bolso a movimentação de antigos jogadores Portugueses radicados na Indónesia e nos Estados Unidos, bem como de jogadores estrangeiros, para que pudessem garantir a manutenção do SDP na mão de Portugueses, sei que é moralmente errado, e anti-democratico, fi-lo porque considerei ser importante para o SDP e para o país, e voltaria a fazê-lo, tendo-o assumido desde a primeira hora.

Sei que foram tempos complicados para o interior do SDP, pela falta de participação politica dos seus membros nas discussões que eram motivadas no seio do mesmo, sei que o Socrates preferiu não liderar com pezinhos de lã, chamando os bois pelos nomes e agindo primeiro, sem ter em conta as considerações de quem tinha permanecido no Partido nos ultimos tempos, do que esperar para ver qual era a opinião da maioria, e criar condições de estabilização do SDP em torno do debate interno. Sei que foi essa falta de clareza e de dialogo que o levaram a abandonar o SDP, entregando-o de novo à AngelofSorrows.

A AngelofSorrows tentou novamente criar debate no seio do SDP, tendo também fracassado, e por uma questão de coerencia, dado que aquilo que defendeu durante meses de liderança do SDP na oposição estava a ser praticado pela Coligação PDA-PReC-SDP, optou por manter-se nela, contra a vontade de alguns membros que preferiam considerar o SDP como um partido de Oposição ao Governo existente, juntando-se a uma oposição coligada. Apesar disso, foi marcado um debate interno do SDP para as vésperas das eleições Presidenciais na qual, todos os que compareceram, AoS e LcfR, optaram por apoiar a lista do candidato Arbus.

E assim chegamos ao dia 5 de Maio, em que me encontro na Indonesia, mais uma vez a acompanhar a politica nacional, e em que, em pleno dia de eleições, vejo mais do que um membro do SDP a apelar publicamente no voto contra a direcção do seu partido, atitude que considero desrespeitosa não só da pessoa que é o Presidente do partido, mas também de toda a instituição partidaria e mesmo do sistema partidario implementado no jogo.

Sempre defendi, para mim, que quando tenho uma opinião diferente da liderança, a manifesto em tempo e local proprio, a debato e a defendo, e se não a faço passar opto por ou apoiar a opinião do partido, mesmo que não seja a minha (como fiz no interior do PReC sob a liderança do Ligtez), calar-me (como fiz no Governo Sócrates de Agosto), ou afastar-me do partido (como fiz na Suiça Teocratica). Julgo que não faz sentido ter orgulho de um simbolo, usá-lo ao peito e defende-lo, e ao mesmo tempo ser-se o primeiro a cuspir nele e a arrasta-lo na lama.

Estas vozes no seio do SDP, ansiavam por debate interno, criticavam a sua liderança por recusar o debate e a democracia interna, e por optar por atitudes dogmaticas, apoiando o governo Arbus, estas vozes apoiavam o “Mudar por Mudar”, contra a politica “da discussão de 10 minutos, da decisão de última hora e do facto consumado”. Apelando a um SDP novo.

E Estando na Indonesia, nesse dia, percebi que estes membros do SDP deveriam ter o direito a demonstrar o que defendiam, deviam ter o direito ao debate de ideias, deviam ter o direito a mudar dentro do SDP, e sem esquecer a Social Democracia Portuguesa nem serem obrigados a mudar de partido ou apoiar o Governo deixando-a “na gaveta”, deviam ter a possibilidade de, dentro de um SDP forte e coeso em torno de ideias diferentes, de métodos e teorias diferentes, de atitudes diferentes, ter o direito a discordar, tendo-me apercebido à demasiado tempo da falta de uma união congregadora da Oposição nacional, percebi com estes gritos do Ipiranga, que de facto tinham razão. Tinham esse direito, tanto eles, como o SDP, o único partido em Portugal, além do PDA, que Governou descoligado, o SDP que trouxe ao país tantos bons exemplos como a AoS, o Diogo Sena, o VenomarX, o Loopkin, o Cesario Dalta, o Socrates, o Tostex, o joaofs, o lribeiro81, o euphonix.

Há demasiado tempo que sentia nojo de “ter pena” de um partido como o SDP, há demasiado tempo que esperava vê-lo erguer-se do pó em que se arrastava, e percebi com este manifesto tão intenso, e com a consequente demissão da AngelofSorrows, que era tempo de agir, de mudar não só o SDP, como toda a atitude politica em Portugal, com um sistematico “Deixa Andar” ou “Deixa Fazer”, em que os unicos que se destacavam do Governo eram os clones que contavam anedotas tipo Frank ou Katuna, ou os Sensacionalistas tipo Ataulfo, sem que qualquer destes trouxesse algum conteudo real para o desenvolvimento nacional.

E assim decidi candidatar-me à liderança do SDP, tendo como único objectivo promover esse tão aguardado Debate de ideias, e assim apresentei de forma clara para todos a minha candidatura, bem como a calendarização da apresentação de ideias para o SDP e para a Social-Democracia Portuguesa.

E comecei desde a primeira hora a ver a mudança tomar forma, vendo o VenomarX, candidato ao SDP, optar também pela exposição e defesa de ideias claras e coerentes, mas também os candidatos RicardoNeves e Raikael apresentar de forma clara os seus objectivos. Vi voltar, aos poucos, o tempo das ideias, da defesa politica das ideias.

Quando me candidatei, soube desde o primeiro momento que isso iria gerar uma enorme vaga de flames, oriundas dos sensacionalistas habituais, dos que criticam por criticar, dos que existem para criticar, ou dos que criticam por piada, ou apenas para gerar o caos. Soube que a dialetica iria surgir, muitas vezes não sendo da melhor forma ou com os melhores objectivos, e mesmo assim optei por o fazer, por atirar a pedrada no charco de aguas estaticas e mornas em que Portugal se estava a tornar.

Optei por um modelo propiciador da Democracia Interna, por ser o que o SDP necessita, mas também por ser o que mais se ajusta aos modelos que tenho defendido nos ultimos meses, considerando que o todo só é forte por ser a soma das partes, e que sem a unidade entre membros um conjunto se desagrega.

Optei por fazer toda a campamnha sem reagir a pressões ou provocações, de forma a propiciar o debate de ideias e evitar cair na lama do diz-que-disse, o qual em nada beneficia o SDP.

E chegou o dia das eleições, 15 de Maio, em que estava plenamente convencido de que iria perder, mas que se tal acontecesse iria manter-me no SDP, a defender as ideias e o debate pelo qual me candidatei, o dialogo e a discussão com vista ao futuro.

E até ao dia 15, recebi varios avisos vindos de Portugueses no Estrangeiro e em Portugal, uns que me alertavam para os partidos da oposição que iriam votar dentro das eleições do SDP, outros que me apoiavam e me impeliam a vencer o SDP para me candidatar à Presidencia, tendo optado por ignora-los a todos, participei nas eleições o mais cedo que pude (por volta das 10 da manhã), deixando os resultados falar por si.

E vi algo bastante triste.

Vi o SDP crescer, de 18 votantes em Abril, para mais do dobro em Maio, vi o VenomarX ter 17 votos (menos um que a totalidade dos votantes nas eleições anteriores), vi eu proprio ter 21 votos, o que nunca esperei fosse possivel, apercebi-mede que alguns membros da comunidade tinham optado por entrar no SDP para fazer as eleições tenderem da forma que mais lhes agradava, desconheço de facto, quem votou em mim, ou quem votou no VenomarX, preferia simplesmente que esta Eleição Interna do SDP não tivesse sido politizada e manipulada por elementos exteriores aos actuais membros do SDP, mas tal assim não aconteceu.

As eleições terminaram e vi-me como inesperado lider do SDP, cabendo-me apenas demonstrar na pratica tudo o que defendi durante a Campanha às Eleições Internas.

E assim o fiz, propiciando o debate interno activei os canais de comunicação, tendo desenvolvido esforços para encontrar os problemas reais do SDP actual, tenho nestes 3 dias que passaram trabalhado no sentido da implementação das politicas que defendo, reactivando o caracter politico e social de um SDP interventivo, capaz e activo, lutando contra a escassez de opiniões e conhecimentos, tenho procurado junto dos activos politicos reais e claramente interessantes para um SDP com um debate interno, com uma vontade de fazer diferente, com capacidades para isso.

E assim, é este o tempo de todos os que sempre defenderam um SDP diferente, com debate interno, demonstrarem na pratica que era isso que de facto queriam, é tempo de, como disse antes, esquecer os erros passados, não os meus, mas os do SDP, que o trouxeram até aqui, e que só sendo ultrapassados o poderão transformar de novo num partido de referencia.

Quanto às pessoas que apresentem ideias, é-me indiferente se são boas ou más pessoas, se fizeram coisas boas ou más para o partido e para o país, se são simpaticas ou antipaticas, se são agradaveis ou desagradaveis, se são saudaveis ou doentes, morais, imorais ou amorais. É tempo de devolver o SDP às ideias, e só as ideias contam, só a vontade de apresentar ideias, de as defender, de criar vontades e politicas claramente benéficas para Portugal faz sentido.

Quanto ao receio que tantos têm de que o papão vá voltar, que o ladrão vem de volta, que vou tomar a Presidencia e o país, desenganem-se. No passado mês de Fevereiro considerei seriamente abandonar o jogo, apenas e só pela falta de desafios, já tinha sido lider partidario, Presidente, lider Economico, e havia pouco que de facto fosse um desafio para mim neste jogo corroido de bugs e clones. Optei na altura por um desafio impossivel, o de trabalhar na paz e libertação dos povos, e de seguida na participação de uma sociedade que considerava socialmente ideal.

Na Indonesia, no dia 5 de Maio, esperava um desafio, algo novo e diferente, não quero, seja de que forma for, repetir os desafios ultrapassados antes, ser Presidente é algo que poderá ser fascinante para muitos, já não o é para mim, e por isso, durante esta incursão no SDP, não irei de certeza absoluta candidatar-me a Presidente de Portugal.

Resta-me assim continuar a trabalhar, dentro do SDP, com quem queira de facto participar no Debate Interno, com quem queira defender ideias, com quem queira melhorar este partido, recriando-lhe as bases essenciais para um partido estável e forte, tendo em vista o desenvolvimento social, economico, militar e jornalistico de Portugal.


Sem mais,
Judazs