Cara a cara com o Capitão: Módulo Midiático

Day 1,563, 16:23 Published in Brazil Spain by Rosa Violet Carson


E chegamos a quarta parte do projeto de entrevistas, dessa vez com cidadãos famosos no meio "midiático", os jornalistas. Mais uma vez fiquei sem resposta de determinados estrangeiros para quem eu enviei perguntas, por isso teremos apenas brasileiros nessa edição. Espero que gostem.

Boa leitura!



Ryan Cullen: Você, no momento que começou a jogar eRepublik, já imaginava que viria a ser um grande jornalista ?
Varnhagen: Ryan, obrigado pelo convite e pelo elogio. Não sei se sou um grande jornalista, talvez um bom articulista. E olhe lá.

Ryan Cullen: E o que te fez escolher esse caminho (jornalismo) ?
Varnhagen: Olha, acho que escolhi mesmo foi a política. E, num primeiro momento, imaginei um jornal como uma tribuna, de onde pudesse expor aquilo que considerava meu pensamento acerca do jogo, essas coisas. Foi a época do O Jacobino, cujo nome já deixa claro que a idéia era algo incendiário. Com o tempo fui perdendo essa visão, que hoje considero tosca, de transpor conceitos, estruturas, de forma mecânica, para o universo do erepublik.

Ryan Cullen: Como surgiu a idéia do nome do seu jornal original (O Jacobino) ?
Varnhagen: É o que estava falando acima... o ícone do jornal era uma montanha kkkkk, pô, jacobinos e montanheses são a mesmíssima coisa... Era a coisa de ser um veículo político, com viés de esquerda, tribuna mesmo. Era, antes de tudo uma posição frente à minha leitura do jogo, naquela época. Foi, talvez, a infância do eR...

Ryan Cullen: E como surgiu a idéia de "O Minarete" (jornal atual) ?
Varnhagen: Olha, quem é o Mahdi? Sou, no real life, católico, até muito conservador, tirando meus borbons, meus cigarros (40 hollywoods vermelhos por dia aff) e Deus sabe lá mais o que. Sou historiador e, até por dever de ofício, tenho o hábito de fazer leituras na área da teologia. E o Islam é fantástico. O Ocidente faz uma leitura tosca dele, como se os muçulmanos fossem, todos, aquele velho estereótipo que construímos. O Mahdi é o 12º Imã, kkkkk, o que voltará, junto com Issa, pra tocar fogo no Apocalipse kkkkk Bom, se já não falamos da Montanha, falamos do Minarete, de onde os Muezins convocam o povo... pode rir, é coisa de doido mesmo!

Ryan Cullen: Qual é o seu principal combustível para continuar escrevendo ?
Varnhagen: A princípio, porque realmente gosto de escrever artigos, crônicas, essas coisas. E o universo do eR é uma coisa... digamos... interessantíssima. Para quem gosta de escrever, tem sempre lenha pronta pra fogueira. Assim como no real life, também. Só que de forma muito mas muito menos problemática.

Ryan Cullen: Que dicas você daria para um jornalista que está começando hoje ?
Varnhagen: Se informar, ficar ligado no que acontece, escolher, dentro dessa área, o que quer fazer e buscar fazer o melhor possível. Quer fazer análise econômica? Bom, vai ter um trabalhão ducas pra fazer. A não ser que arrume um parceiro que te auxilie na coleta e cruzamento de dados, que aí não enche tanto o saco. Quer fazer jornalismo de guerra? Fique amigo dos Senhores da Guerra e terá sempre fontes de primeira mão. Faça uma imersão no módulo militar, ou corre o risco de ter de ficar fazendo resenha de artigos de fora. Quer fazer jornalismo político? Tenha estomago, bom senso e o queixo duro, pois vai sempre tomar umas lambadas. E dar outras tantas...

Ryan Cullen: Se você virasse "admin" por um dia, o que você mudaria no módulo "midiático" ?
Varnhagen: Bom, o que era um jornal, virou um caderno, concorda? Ah, quero ler o caderno de política. Ah, quero ler o caderno de fofocas... Não! Quero ler o Mundo e saber das últimas das guerras... e por aí vai... Mas, tu me pegou mais desprevenido que moleque na zona. Não sei o que responder! Talvez criasse um espaço para vídeos, telejornais, essas coisas que eu acho o fino da bossa. E rádios... tu entrava, ligava a e-tv, depois o e-radio kkkkk ia ser muito interessante. Talvez isso.

Ryan Cullen: E o que você mudaria no jogo em geral ?
Varnhagen: Cara, é complexo isso. Agora, o módulo político precisava ser repensado. Temos a figura de um PP que não detém poder de fato sobre o partido, visto que não pode expulsar nenhum de seus filiados, um congresso que não pode punir com impeachment seus deputados, independente do que façam, caso não atentem contra as leis do eR... Bom, talvez fosse o caso de se fazer uma grande reforma no módulo político. Até pra dar uma arejada nessa nuance do jogo, meio embolorada, pra falar a verdade...



Ryan Cullen: Você, no momento que começou a jogar eRepublik, já imaginava que viria a ser um grande jornalista ?
Vigoncalves86: Que viria a ser um graande jornalista, não. Na verdade, eu ainda não me considero um grande jornalista, embora eu tenha adquirido um estilo bem particular, opinativo e muitas vezes polêmico. Costumo até escrever já objetivando o debate.

Ryan Cullen: E o que te fez escolher esse caminho (jornalismo) ?
Vigoncalves86: Eu trabalhava nas eleições de 2010 nos meus primeiros meses de jogo e sou formado em Propaganda e Marketing, era claro para mim que para ser alguém no jogo não bastava comer, treinar e lutar. O dinheiro, o poder militar ingame, para mim, sempre foi muito efêmero, então o campo das ideias, das opiniões e do debate sempre me deixaram mais interessado. Ser jornalista foi só um detalhe necessário, a forma de transmitir minhas ideias.

Ryan Cullen: Como surgiu a idéia do nome do seu jornal (The Black Sheep) ? Sim, é por causa do seu avatar, mas como que começou essa história de ovelha negra? : P
Vigoncalves86: Quando eu entrei no jogo eu queria criar uma marca, algo que me identificasse. Pensei em usar algum pensador ou político, mas aquilo traria certos vícios da RL, por isso escolhi uma ovelha negra, pois ela simboliza um certo espírito transgressor, diferenciado. Era algo necessário na época. Quanto ao nome do jornal, ele se chamava "Panorama eBrasil", mas eu achava um nome muito morno. Pensei em personificá-lo também, por isso coloquei Black Sheep. A data de "fundação do jornal, por sinal, está estampada na imagem do jornal que eu ponho em todos os meus artigos dia 958 do jogo.

Ryan Cullen: O seu jornal tem, atualmente, quase mil assinantes. Como você chegou a esse número ?
Vigoncalves86: Na verdade eu já tive 2500 assinantes, mas como todos sabem, antes havia ORGs e os cidadãos mortos não deixavam de contar como assinantes (por isso acumulei tantos). Quando mudaram a regra, eu perdi quase 2000 assinaturas, mas isso são só números. O importante, para mim, não é quantos assinam e quantos votam, mas quantos leem. Talvez por isso eu tenha gradualmente acumulado tantos assinantes, pois não importa se a pessoa concorda comigo ou não, contanto que ela leia. Incentivo o debate.

Ryan Cullen: Qual é o seu principal combustível para continuar escrevendo ?
Vigoncalves86: Eu gosto de escrever, acho que é um exercício que, embora eu esteja fazendo ingame e alguns possam pensar que é perda de tempo, acabo não deixando de exercitar meu raciocínio, minha escrita, isso é importante sempre deixar afiado. Além disso, gosto de um bom debate e quando alguém escreve algo, só existe uma certeza neste mundo: outra pessoa vai discordar. Sem isso não tem graça. Eu aprecio o bom debate, comentários pertinentes, até quando estou errado e alguém faz um ótimo comentário eu fico com aquela coisa de "putz, o cara mandou bem". Discutir (sem exageros e ofensas) faz bem.

Ryan Cullen: Que dicas você daria para um jornalista que está começando hoje ?
Vigoncalves86: Escreva sobre algo que você se interessa. Não adianta querer forçar um assunto só porque você acha que vão votar mais no seu artigo por isso. Temos excelentes jornalistas sobre guerra (o rco é um exemplo), assim como já tivemos o Yoshi, que era referência nisso; temos ótimos jornalistas de interatividade; ótimos polemizadores, como o dfgusmao e o bonna, por exemplo; grandes humoristas (de vez em quando é bom rir disso tudo) e assim vai. Cada um vai encontrando seu estilo no meio disso tudo e, se tiver esforço, vai pra frente. O que não pode é querer ter 100 votos no primeiro artigo. Ninguém vira referência do dia pra noite.

Ryan Cullen: Se você virasse "admin" por um dia, o que você mudaria no módulo "midiático" ?
Vigoncalves86: Se eu fosse admin por um dia eu focaria no módulo político hehe, mas já que é para falar do módulo midiático, eu talvez enquadrasse os jornais governamentais de forma diferente, destacando-os dos outros, permitiria novamente que um artigo fosse postado no país em que o indivíduo está, não onde ele tem cidadania (isso movimentaria a mídia mundial) e implementaria uma medalha nova Top Media, concedida para aqueles que emplacarem 50 matérias no Top 5, assim como fazem com os Top fighters hehe

Ryan Cullen: E o que você mudaria no jogo em geral ?
Vigoncalves86: Putz, tem tanta coisa pra mudar, dá até canseira só de pensar. Eu tentaria diferenciar o eRepublik novamente de todos os outros jogos de estratégia de browser. Ele ficou muito homogêneo, sem graça.



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Ryan Cullen,
Editor do Magna Veritas