[CO] A TEORIA REVERSA DOS GOLPISTAS

Day 1,684, 13:36 Published in Poland Brazil by Dio Vigon
I would like to inform my polish friends that this article is for my brazilian readers.




Caros amigos,

Com todo esse problema acontecendo no eBrasil, a farsa do impeachment, CP que não deu a mínima para as críticas e sumiu, entre outras sacanagens, eu estive ativamente trabalhando nos bastidores para que o país se tornasse menos sujo e que algumas falcatruas não ficassem impunes.

Publiquei este artigo AQUI, em que expus algumas partes do Golpe político arquitetado pelo líder de um dos partidos que compunham a base aliada do governo Kuarw a Coligação e pelos seus comparsas, um deles inclusive que não aguentou a pressão e resolveu pular do titanic (não se preocupem, daqui a pouco ele volta).

É óbvio que nem todas as informações necessárias para desmantelar 100% a farsa estavam contidas no artigo, mas vale a pena lembrar que não é necessário pegar as pessoas no flagra dentro do banheiro, basta ver que o papel higiênico foi usado pra saber que algo de muito sujo aconteceu ali.

Vi muita gente questionando métodos de espionagem ultrassecretas, falando que partido X ou o partido Y foi invadido, que alguém está infiltrado aqui ou ali. Eu, sinceramente, não sei dizer se há pessoas infiltradas nos partidos, o que eu sei é que há pessoas dos próprios partidos colaborando com a troca de informações.

Depois da publicação de meu artigo, eu recebi uma enxurrada de elogios de pessoas agradecendo a minha descoberta da farsa e muitas lamentando o fato de terem sido “enganadas todo esse tempo” por pessoas que elas achavam que pensavam no eBrasil antes de pensam em partidos. Porém, também recebi críticas de algumas pessoas, em especial aquelas que se sentiram lesadas por terem suas “intimidades” partidárias expostas.

É bom eu deixar claro que, em primeiro lugar, não possuo fakes em lugar nenhum, nunca fiz uso desse método ilícito no eRepublik e nunca precisei, assim como não preciso para coletar informações. Quando alguém faz besteira, é igual casquinha de ferida, só dar uma cutucadinha que sai sangue.

Além disso, eu gostaria de deixar minha opinião frente aos que me chamaram de antiético e mal caráter por ter publicado informações das quais eu, em tese, não teria acesso:

Vocês estão doidos.

Me ofender por ter exposto malfeitores é o mesmo que fazer protesto em frente ao Projac porque o Fantástico usou repórteres com câmeras escondidas pra expor políticos corruptos ou qualquer outro tipo de mutreta.


Essa prática faz parte da Teoria Reversa dos Golpistas. Deixo claro que nem todos que me ofenderam nesse sentido participaram do Golpe, claro que não, mas certamente a maioria não queria ver seus amigos e companheiros de partido e coligação serem incriminados e criticados por alguém que eles tanto criticam (no caso, eu). Eu entendo o sentimento, faz parte, mas não faz sentido nenhum.


A Teoria Reversa

Eu gosto de debater. Algumas se cansam com isso, mas eu não debato apenas por querer estar certo ou não, mas pelo exercício de debater. Muitas vezes ele é saudável e se vier aliado à uma reflexão do que se está argumentando e do que está sendo ouvido em contrário, pode ser benéfico.

Porém, assim como existem bons e maus jogadores de futebol, também existem os bons e os maus debatedores.

Tem gente que não gosta de perder tempo debatendo, prefere resolver seus problemas por outros métodos ou as vezes apenas desviar deles; outros se envolvem muito emocionalmente com o debate e acabam desviando totalmente do objeto em questão; outros não tem o menor interesse em chegar a uma síntese, mas apenas em irritar e confundir seu opositor; entre outros tipos.

Vejam esta pirâmide abaixo. Ela se refere à Hierarquia do Desacordo de Graham. Ele a montou com todos os níveis que ele considera existentes dentro de uma discussão. Sei que o Carpz, se não me engano, já fez um artigo há muito tempo atrás que falava sobre ela, mas eu vou abordar com alguns exemplos do nosso cotidiano.



Ataque Puro

Aí entra os famosos: “você é burro”, “você é isso”, “você é aquilo”. É a forma mais básica e simples de se demonstrar ao outro que não concordamos com o que ele está fazendo ou falando (exemplo que pode ser visto em qualquer estádio de futebol, graças aos elogios recebidos pelo árbitro durante 90 minutos), mas que não significa necessariamente que o debatedor não tenha outros argumentos, ele apenas não está afim de desenvolver sua opinião ou não tem uma opinião formada, mas não gosta do outro ou qualquer outro motivo bem torpe que não justifica o fraco embasamento.

Quando uma pessoa te ofender dessa forma, te chamando de qualquer coisa da qual você não acha que é, antes de devolver o elogio, pergunte-a o que a levou a ter essa opinião. Se não houver argumentos decentes, ignore-a. Dali não vai sair nada útil.

Ad Hominem

Essa é a mais comum e presente na vida e no eRepublik. Em diversos artigos que escrevi os comentários costumam ser tecidos com base nessa premissa, geralmente vindos de pessoas que tem muito apresso por mim hehehe

Provavelmente vai acontecer neste artigo também, fiquem atentos. O cidadão vai ler, ficar incomodado por alguma razão e ao invés de argumentar, vai escrever que eu sou hipócrita, que sou falso, que sou parcial, entre outras peripécias. Sem dúvida eu mesmo já debati usando esse recurso, todo mundo faz isso, não há exceções, mas difere-se da grande massa aquele que consegue não utilizar esse recurso na maioria das vezes em que debate.


Resposta ao Tom

Essa também é clássica. Na vida real, quem nunca recebeu alguma ordem da mãe e respondeu de volta: “nossa, precisa falar assim comigo?” Os que tem namorada(o)/esposa(o) sabem bem que esse é um recurso presente nas discussões de casal hehe.

Aqui no eRepublik não é diferente. Quase sempre as pessoas ignoram totalmente o tema de um artigo pra dizer que o seu autor foi agressivo, ofensivo ou que não precisava expor dessa forma.

1. Querido, vá tomar banho, por favor.

2. Vá tomar banho.

3. Vai tomar banho, AGORA!

4. Vai tomar banho, seu porco!

5. VAI TOMAR BANHO AGORA, SE NÃO VOCÊ VAI APANHAR, TU TÁ FEDENDO E NÃO TOMOU ATÉ AGORA, QUE VERGONHA!

Cinco diferentes tons para dizer a mesma coisa. Alguém duvida que as pessoas conseguem arranjar desculpa para não tomar banho em qualquer uma das cinco situações?

Usar o tom de voz mais alterado não muda o tema central do que se quer dizer.


Contradição

Contradições não são incomuns na nossa vida, mas o uso de um bom vocabulário pode, muitas vezes, gerar falsas contradições. Elas dependem muito do emprego da palavra, da intenção de cada um, dos motivos, aqui já entramos numa área mais cinza da discussão.

No eRepublik a gente vê contradições a todo momento. Por exemplo, as pessoas que diziam que o capacete seria um excelente presidente, que afirmavam que o governo estava ótimo e era tudo intriga da panela malvada, mas que quando a batata assou, alguns assumiram “é, o governo não foi bom, mas blablabla”. A única maneira de evitar ser pego em contradição é só fazer aquilo que você acredita que dará certo, não aquilo que você torce para que dê certo. Assim a gente pode se arrepender sem culpa depois e assumir que errou.

Eu mesmo fui exemplo disso. Eu acreditei que o RizonPT seria um bom CP e ele foi um lixo. Assumi que estava errado e lancei o impeachment. Diferente do Mr ePlaymobil, que mesmo com o governo indo pro brejo, ainda torcia para que as coisas dessem certo e preferiu, junto com outros líderes da coligação, não dar o braço a torcer.


Contra-Argumento

Isso é algo que eu utilizo bastante. Eu pego as contradições dos outros (as verdadeiras contradições) e utilizo para dar suporte a uma evidência, como no caso de meu último artigo.

No próprio artigo do articulador da sacanagem, postado em resposta ao meu último artigo, há uma ebulição de contradições. Uma delas foi esse print:



A MAV avisou que o Volkoff não ia mais segurar o berço do nenê e os dois malandrinhos escreveram: “aí mudou tudo”.

Mr ePlaymobil foi pego em contradição, porque ele simplesmente passou todo o tempo dizendo que era contra o impeachment, que o governo tava lindo, que tava tudo indo maravilhosamente bem. Aí ele me lança uma confissão de que não vai dar mais pra segurar o Kuarw, abre a votação antes da hora (por sugestão do Rex Megazord) e ainda vota NÃO? Esse é um contra-argumento de minha parte, tendo em vista as PROVAS aliadas aos FATOS.

O Rex Megazord, em contrapartida, falou que não tem nada a ver com a história, que não armou nada, que isso é invenção dos seus opositores, mas em nenhum lugar ele escreve que era a favor do impeachment naquele momento e ainda abriu um mpchat só com alguns líderes da coligação pra articular o impeachment. Leiam atentamente a citação abaixo, extraída do artigo do mesmo:

"Havíamos criado, um dia antes, um outro MPChat (“MdC de Emergência”) do qual participavam eu, Jota123, Kuarw, eLego, Fellipe, Bohemias, Leooam, Volkoff e PlinioCampinas, onde tentávamos fazer o Governo se comunicar melhor. Foi nesse MPChat que disse ao Lego que deveria ser ele a lançar o impeachment".

Por que é uma afirmação que carece de embasamento? O próprio Mr ePlaymobil já confessou que o Rex criou um mpchat a parte, onde também estava o Flores. Além disso, quem é a favor da continuidade do governo, não cria um mpchat pra manter o governo.

"Como partido a ANP se juntou e se voluntariou a ajudar o Kuarw a dar sequencia no trabalho".

Acima o que eu leio em alto e bom som é: a ANP não concorda com o impeachment e vai se esforçar pra que o Kuarw permaneça. O cara sugere que seja lançado o impeachment e não concorda com ele? Tem alguma lógica nisso?

O mais engraçado de tudo é que o Rex fez um artigo pra se defender das PROVAS que eu postei e o próprio partidário dele, o Leeooam, foi lá e entregou que ele estava mentindo hahaha. Segue comentário no artigo:



Agora leiam a afirmação que o Rex Megazord fez no mpchat do seu partido (já postado anteriormente), antes de escrever esse artigo negando tudo:



Agora expliquem pro tio Vigon como é que pode a ANP ter dito para seus congressistas votarem NÃO e, depois que o impeachment não passou, o Rex dizer que “entre nós, era pra passar”?

Ou o Leeooam está mentindo ou o Rex Megazord deu uma de Johnny no arms. Alguém acha que o Leeooam mentiu? Hehe



Refutação

Essa é uma característica muito comum entre aluno e professor. Como o mestre tem mais conhecimento acumulado sobre o assunto abordado em sala, ele busca corrigir os equívocos que seus discípulos possam cometer quando formulam suas próprias afirmações sobre determinado assunto.

Como todo mundo no eBrasil é igual do ponto de vista coercitivo (ninguém pode impor sua vontade e sua opinião pra ninguém a não ser pela argumentação), em alguns momentos as pessoas ignoram quando são refutadas e continuam batendo na mesma tecla, ignorando as pessoas que desconstruíram o argumento que elas tinham e, em muitos casos, partindo para outros níveis de argumentação (geralmente as pessoas partem para o ataque puro ou Ad Hominem, fala que o cara que está PROVANDO QUE VOCÊ ESTÁ ERRADO é isso ou aquilo não serve pra nada pro debate, mas acaba o coração dos loucos, que acham que “ownaram” na discussão).


Refutação ao Ponto Central

Esse é o famoso: não foge da raia. As pessoas que mais merecem respeito em qualquer lugar do mundo não são aquelas que saem defendendo seus amigos de qualquer jeito. O verdadeiro debatedor foca seus esforços tentando refutar o argumento central do outro debatedor.

É uma pena que no eBrasil (e na vida), as pessoas que fazem isso costumam ser engolidas por pessoas bem menos polidas. Quantas vezes não vimos algum político ser entrevistado na TV e, ao se ver pressionado, mudar totalmente o foco?

Estamos carentes de pessoas que gostam de chegar a sínteses coerentes, entender os argumentos e saber se está certo ou não após analisar todos os fatos e os argumentos expostos.



Conclusão

Mentiras e mutretas são como um boomerang. Se você pensou em fazer algo de mau, mas não faz, não vai acontecer nada de mau contigo, nada além de mimimi, mas se você colocar os seus interesses acima do país, tenha certeza de que uma hora alguém descobre, porque as pessoas podem te defender em muitos momentos, fingir que não viu em muitos outros, mas uma hora o saco enche e aí, hasta la vista, baby.




Vigon
com o zap na mão