Eleições, futebol e barriga de grávida

Day 1,528, 14:49 Published in Brazil Brazil by Varnhagen
Meus caros amigos,

Nada mais brasileiro do que dizer que as coisas, seja o futebol, seja o casamento, sejam as eleições, são “uma caixinha de surpresas”. Os mais antigos, anteriores ao ultrassom e à última batalha do Marne, diziam que eleições e barriga de grávida eram um mistério insondável, daqueles de franzir o cenho do cristão. Hoje, com ultrassons modernos e toda parafernália da medicina, as barrigas de grávida já não pressupõe nenhum mistério e são mais devassadas –no melhor dos sentidos- que amigo oculto na família, no Natal.

Quero crer que nem no futebol, salvo um ou outro fato, como a vitória do Real Potosi ontem sobre o Flamengo e nem nas eleições há surpresas e, melhor ainda, mistérios. Ganha o time que tem melhor elenco, melhor definição tática e, last but not least, salário em dia. Sabemos todos que o amor à camisa é uma ilusão, uma daquelas mentiras leves que são contadas e repetidas inúmeras vezes, à exaustão, nos inícios de temporada.

Na política, a coisa não é diferente. Ganha o discurso mais afinado com a realidade do eleitor e, ponto importantíssimo, o partido que consegue, além do carisma do indivíduo, lançar mão da melhor estratégia e das táticas apropriadas nos pleitos. Organização, dirá um leitor mais interessado e, por isso mesmo, escasso como vergonha em vedete. Na última eleição, aqui no eRepublik, não levou a melhor o partido com mais integrantes ou coisa que o valha. Elegeu mais quem se dispôs a fazer o trabalho de formiguinha, maçante mas eficiente, de dirigir votos, acompanhar resultados e tudo aquilo que faz parte de um pleito, real ou virtual.

A ANP, nesse sentido, brilhou. E brilharam, de forma grandiosa, os que se dispuseram a esse serviço partidário quase sempre cansativo e maçante. Algum leitor –meus leitores sempre haverão de objetar, cheios de dúvidas reais e imaginárias- dirá que não foi só a ANP que brilhou, que outro partido teve maior votação e tal e coisa e coisa e tal. Talvez, talvez. Mas quero encerrar esse pequeno e bobo artigo aplaudindo os rapazes e moças da ANP e sua magistral atuação nesse pleito pois, realmente, souberam fazer a diferença.


Um abraço, ex cordis,
Varnhagen (aka Mahdi Cleitus)

Congressista do eBrasil