O PICADEIRO: E a Diplomacia?
Booh
Estou voltando de viagem agora e tentando me inteirar de tudo que perdi. Com isso abordarei um tema que já há algum tempo venho defendendo, o corpo diplomático brasileiro.
Primeiro quero definir o panorama desse assunto no eBrasil e a pouca experiência que tive envolvendo-o. Após o governo do Vigon, no qual fui Ministro das Comunicações, eu não me envolvi diretamente com o executivo. No governo Fábio, sem desempenhar nenhum papel, pedi ao Vigon que era o MoFA para ser diplomata na Argentina, pensando eu, que de alguma forma ajudaria o eBrasil que não mais estava em uma confortável posição dentro de uma aliança e um mundo bipolar.
Comecei muito animado, conversei, me integrei, colhi informações e me apresentei como diplomata as autoridades da eArgentina. O resultado foi muito desanimador, fiquei horas, dias nos bastidores e nada pude desempenhar o verdadeiro papel de embaixador. Era uma figura reprentativa e sem função. Os assuntos mais importantes eram tratados entre os MoFAs e os Presidentes. O que é muito frustrante não ter representação nenhuma.
Pois bem, olhei para um lado e olhei para o outro e estava só. Nosso corpo diplomático está concentrado em duas figuras, MoFA e Presidente, eu apenas inventei um cargo sem função, o de diplomata. O que não teria problema se não tivéssemos tantos problemas envolvendo esse departamento do governo. Ultimamente tropeçamos nas relações com os mexicanos, venezuelanos e um tempo atrás, com os chilenos. Diria que tudo por não termos um bom diálogo e relação com tais países e suas respectivas populações.
Atualmente, temos dois clínico-gerais cuidando da nossa diplomacia com todo o globo, o que não seria nenhum problema se o Brasil fosse e quisesse ser um país periférico, mas nós somos e queremos ser uma das potências do emundo e dois clínico-gerais não são o suficiente. Se quisermos desempenhar papel central na América Latina e na PANAM ou outra aliança que por ventura entrarmos, o Presidente e o MoFA não serão o suficientes.
Precisamos de uma rede de diplomatas em países-chave, precisamos interferir, opinar e aproximar em conflitos e relações na América Latina, o nosso quintal. Precisamos desempenhar uma diplomacia forte e coerente com o que pensamos e acreditamos. Precisamos esquecer esse velho método de “compadres” que rege nossas relações com os outros partidos. Se nosso presidente for com a cara de tal presidente, o Brasil é aliado, caso contrário somos neutros ou inimigos...
Mas não estou aqui só para criticar, estou aqui para tentar ajudar também, por isso aí vai minhas sugestões:
Inicialmente, criar ORGs e Jornais nos países-chave para o eBrasil. Em um futuro próximo ter jornais e ORGs em todos os países.
Reativar a Agência Brasileira de Assuntos Internacionais – ABAI;
Formar diplomatas e embaixadores aptos a negociarem MPPs e representarem o eBrasil em outros países, cabendo o MoFA e o Presidente apenas a fiscalizarem, ordenarem os diplomatas e em casos mais graves, intervir;
Reativar o canal #abai no IRC, tornando-o palco para discussões entre brasileiros e outros MoFAs;
Valorizar os diplomatas e embaixadores, incentivando os ebrasileiros a exercerem tais cargos.
Essas são algumas opções que podemos iniciar e era meu projeto como MoFA da equipe do Fernando Sucre. Espero que em um futuro muito próximo, diplomacia no eBrasil deixe de ser notada apenas em situações de conflito como no atual caso com o México e como foi com a Hungria, passando a ser um ponto-chave em todo governo, independente de partido e ideologia.
Saudosamente,
Comments
Luizao12Max.
ABAI nunca funcionou. Os relatórios - se é que existiram - nunca chegaram as mãos dos MOFas.
No GOV MArco Polo eramos em 3 MOfas e DIVERSOS EMBAIXADORES que tinham AUTONOMIA.
Há muito, muito, muito tempo a diplomacia está hiper-FAIL (DISSE)
Legal vc ser de um partido de situação e alertar para isso Booh! Parabéns!
Sdds da ABAI.
Me lembro de quando a gente tinha embaixador na França. E me lembro de vc, Booh, na Argentina comentando sobre a embaixada. É realmente uma boa a diplomacia.
Os húngaros eram nossos amigos até a questão eSA. Talvez esse caso tenha sido inevitável, mas poderia ter sido amenizado, talvez. E outros menores podem ser solucionados com simples diplomacia.
Eu considero importante 🙂
Sim, gastar quase 500G em Orgs e jornais é simplesmente genial.
@Toboco se a ABAI não funcionou não foi por falta de esforço viu...
Foram horas e horas de atividade pra organizar ela que, no fim, não adiantaram muita coisa. Mas a Era Marco Polo da diplomacia com embaixadores autonomos (eu era um dos MoFa) foi uma das melhores com certeza...
Quem fiscalizava embaixadores era o diretor da ABAI. E existem relatorios sim. Nesse momento, deve estar em algum espaco obscuro do forum.
@Nillhein
Por isso falei em um futuro próximo... Traçar os países-chave e cada governo se comprometer com uma pequena parcela desses 500g. Construir uma diplomacia forte não é algo da noite para o dia é algo duradouro. Em nenhum momento mencionei que isso seria feito do dia para a noite, além do mais acho que diluindo esse montante em alguns meses, poderíamos facilmente arrumar 500g... Tudo que escrevi nesse artigo depende de um único fator, vontade!
Apoiado Booh!
Há ignorância generalizada acerca do que acontece ao redor do mundo. Seja onde for...
Se não há comunicação do Governo com a População acha que diplomacia seria algo que daria certo?
Várias coisas acontecendo no eMundo é nem se quer criar um artigo pra comentar fizeram
@MarcosJrq
Com a ABAI o Presidente poderia ter mais tempo com outros assuntos, inclusive comunicação. Além é claro da ABAI ser responsável por informar sobre as questões internacionais como fazia antes com o Ryan Cullen.
Ainda acho a idéia de criar Orgs e jornais em todos os países absurda (além de já não poder mais criar Orgs), ainda mais porque é desnecessário. Muitos embaixadores usam seus próprios jornais e não precisamos manter relações com todos os países do jogo. o.O
Aliás, nem jornal é tão necessário, só "criar a embaixada" nos fóruns está de bom tamanho pra começar, mas nem isso temos.
Tínhamos, quando o Ryan estava comandando a ABAI tínhamos tópicos nos principais fóruns de países aliados. A ideia das ORGs e Jornais é justamente para não fazer com que os embaixadores tenham que mudar do eBrasil o que aumentaria a procura para desempenhar tais cargos, já que quase sempre a ABAI teve problema com "mão de obra". E os ADMs deixaram claro que a retirada de ORGs nao prejudicaria a administração do país, nada que um ticket não responda. E discordo em relação aos fóruns, eles não são suficientes, temos sim que termos comunicados oficiais in-games.
Nil
Concordo com o Booh!
Só Fórum não rola!
Não leram que eu disse "pra começar"? o.O
Também acho jornal necessário, o que acho desnecessário é ter um em cada país, porque só mantemos relação mesmo com nem uma dúzia.
@Nillhein
Falar todos os países foi exagero, mas boa parte deles não é nenhuma loucura. Mantemos a relação apenas com partes deles sim, mas nesse cenário de criação de novas alianças, teremos que nos relacionar com mais países e tentar manter velhas amizades... Não sei quantas orgs serão necessárias e podemos até utilizar uma ORG para dois ou três países vizinhos... Essa não é a discussão central do artigo, se eu convencer a maior parte dos brasileiros de que precisamos fortalecer nosso corpo diplomático, depois podemos discutir os permenores xD
Excelente levantamento. Mas como disseram aí, se o país está com problemas de comunicação interna, o que dirá a externa.
Votadão!
Muito bom Booh, desde que saímos da PHX isso é algo que me preocupa, tenho acompanhado a mídia estrangeira e sempre vejo artigos de "embaixadas estrangeiras" em outros países, vejo com mais frequência agora da Polônia e Hungria assegurando sua lealdade a alguns antigos aliados.
ABAI foi fail quase toda vez, se vamos fazer isso de volta temos que re-organizar a parada de volta.
Já me diponibilizei para ajudar em estes assuntos. Espero que retomem essas atividades...
Bom artigo, mesmo falando coisas que parecem óbvias (só se tornam óbvias depois que alguém fala).
Sobre jornais: O embaixador, pega seu jornal e, sem custo nenhum, muda o nome e o país quando for passar um recado no país para o qual foi nomeado, ou o ministério das relações exteriores muda a sede do seu jornal, cada vez que for postar uma mensagem à nação.
O Booh tocou num ponto (ui) muito importante que é a nossa comunicação externa ineficiente, assim como a interna.
Os embaixadores devem desempenhar a atividade-início, tecendo as relações bi-laterais e aos MoFAs e Presidentes a atividade-fim que seria ratificar os tratados e fiscalizar as atividades dos representantes.
Excelente artigo !
Sempre apoiado Booh!