A Posição do PCP sobre o conflito Ucrânia-Rússia

Day 5,224, 03:22 Published in Portugal Portugal by General Destroyer

Porque o Alvaro procura fazer as pessoas de parvas, num registo ainda mais ridículo do que o do PCP, vamos lá esmiuçar as supostas condenações do PCP.

A Nota do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP no Parlamento Europeui pode ser encontrado aqui. E o que diz?

Desde logo que "O Parlamento Europeu adoptou hoje uma resolução sobre a situação na Ucrânia, que contou com os votos contra dos deputados do PCP no PE que consideram, entre outros aspectos, que são urgentes iniciativas e medidas que abram caminho à negociação e à paz, e não, como faz a resolução, dar força à escalada de confrontação, incrementar a guerra, e dificultar o cessar-fogo e a solução negociada que se impõe no interesse dos povos e da paz mundial."

"O PCP reafirma a sua posição de sempre contra a guerra e a favor da paz". No entanto não tem uma única crítica à ofensiva russa. Antes pelo contrário desculpabiliza-a.

"O PCP condena o caminho de ingerência, de violência e de confrontação decorrente do golpe de estado de 2014 promovido pelos EUA na Ucrânia, a que se seguiu a recente intervenção militar da Rússia, e a que se acrescenta a intensificação da escalada belicista dos EUA, da NATO e da UE". Ou seja, a culpa é da NATO e dos EUA (sim também as há deste lado), mas não da Rússia, coitadinhos, apenas estão a reagir às provocações dos outros. Incluindo dos recém-nascidos na maternidade de Mariupol.

Diz o PCP que o Parlamento Europeu "Ignora os atropelos aos princípios do direito internacional – dos quais tem uma visão selectiva, restritiva e instrumental – e as sucessivas decisões e provocações dos EUA, NATO e UE que levaram ao conflito na Ucrânia e precederam a intervenção militar da Rússia neste país". Mais uma vez, a Rússia de Putin, coitada, limitou-se a responder às provocações.

O Parlamento Europeu, diz o PCP, "ignora o papel que EUA, NATO e UE tiveram no golpe de estado de 2014 na Ucrânia, recorrendo a forças fascistas, que levou a profundas fracturas, perseguições e violência na Ucrânia e que se traduziu em 15 mil mortos neste país nos últimos sete anos". A Rússia, coitada, é a vítima de bullying.

O Parlamento Europeu, diz o PCP, "dá cobertura ao colossal processo de aumento de despesas militares, ao reforço e alargamento da NATO e à militarização da UE, que está na origem do agravamento da situação na Europa e no mundo". A Rússia, por seu turno, nunca quis que a Ucrânia entregasse o armamento nuclear e, mais uma vez, apenas reagiu às provocações. Como se tem visto em Kharkiv.

Defende o PCP que "é urgente parar a política de instigação do confronto que só levará ao agravamento do conflito, à perda de mais vidas humanas, a maior sofrimento, com dramáticas consequências para os povos da Ucrânia e da Rússia, para os povos da Europa". Afinal de contas, temos de proteger a mãe-Rússia, até para ver se a torneira do financiamento russo ao PCP não fecha.

Oh Álvaro, vai-te encher de moscas.