Devaneios de namuh #12
Rocha II
Banhada pelos raios do luar,
assentada no espelho do rio
chorava e se punha a cantarolar:
"Por favor não me abandone ao frio,
para não padecer de solidão
nem me perder no terrível vazio."
Enquanto repetia sempre o refrão,
os luzeiros amarelos dançavam,
e ela sentia um calor no 'coração'.
Então seus sonhos se esvaziavam,
já era tarde e não havia para onde ir,
e apenas assombrava os que passavam.
Às três da manhã o barqueiro iria vir
para levar sua alma aflita ao seu lar
onde os vivos nunca a poderiam ouvir.
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