O que significou as eleições de ontem?

Day 1,660, 15:29 Published in Brazil Brazil by Biot Savart


Já faz bastante tempo que eu não apareço por aqui. Meu último artigo já faz mais de um mês, mas... Enfim, o assunto não é esse. Mesmo um pouco ausente, acompanhei o cenário político aqui no eBR nos últimos três ou quatro meses e decidi fazer um artigo opinativo, ressaltando alguns pontos e arriscando como será o seu futuro.

Antes de mais nada, só pra deixar bem claro, este artigo não tem o objetivo de provocar, sacanear, trollar, enfim, porra nenhuma. Se alguém se sentir insultado, paciência. O foco aqui (sem trocadilhos) deve ir para a mensagem. E só! Da mesma forma como não contém "informações privilegiadas" ao ser interpretado. Falarei apenas de observações minhas e coisas que eu acho e espero que aconteçam.

Tomara que vocês gostem de walltexts.



Em 2011, vivenciamos uma política brasileira divida em dois. Se de um lado tínhamos ANP, PIL e pouco depois PM, do outro contávamos com a presença de ODIN e PDB, fortalecidos pelo ARES, nos últimos meses do ano.

Diga-se de passagem, essa bipolaridade vem de muito antes. Desde quando UB e PDB eram os cabeças-de-chave da política aqui, eu me lembro dessa "formação".

Naquela época, o eRepublik ainda permitia posições diferentes, dependendo da questão. Imprimir ou não imprimir BRL? Subsidiar ou não as milícias? Questões que hoje são irrelevantes, na época gerava polos de opiniões bem diferentes um dos outros.

Sem querer parecer aquele velho chato, mas, na minha época, as pessoas tinham realmente motivos para discordar uma das outras. Hoje em dia, não. O atual eRepublik não nos oferece mais incentivos ideológicos diferentes. Já reparou como tudo anda uniforme? Sem essas discordâncias, tudo me faz crer que a bipolaridade ainda segue firme e forme devido à rivalidade entre os partidos. E aí entramos no próximo tópico.



Desde que eu me lembro de ter voltado ao eRepublik, isso em dezembro de 2010, lembro de presenciar inúmeras vitórias presidenciais de ODIN e PDB. Ano passado, foram nove presidentes deste lado de cá do eBrasil. Se incluir dezembro, data da minha volta, dez. (Detalhe: Um dos três mandatos da até então oposição foi do famoso mmbeuren. Mas, mesmo assim, o que importa aqui é o fato de ter sido eleito.)

Vou ser arrogante e presunçoso aqui, mas porra! É de desistimular qualquer oposição tantas vitórias e, justificando a primeira frase deste parágrafo, mandatos com um número relativamente pequeno de erros. (Particularmente, considerado que ambos os lados erraram igualmente, mas tivemos mais mandatos, então...)



Esse ano, após os dois primeiros meses do ano, o lado de lá (esse "cá" e "lá" são relativos a mim, sem mimimi) resolveram unir suas forças pra tentar tornar o 2012 deles, o nosso 2011. ANP, PM, PIL, o caçula PERSONA e, agora, ARES se coligaram formando o que eu vou chamar de P³A².

Juntos, a P³A² tem 989 membros vivos, distribuídos em torno de seus cinco partidos. Contra os 612 de PDB-ODIN, que, por sua vez, apelidarei carinhosamente de OP.

Agora vem a parte mais importante do artigo. Você reparou nas eleições de ontem? Aí vai uma imagem, para você conferir enquanto faço os cálculos.



505 votos no Kuarw, representante da P³A². 497 votos no Gulitiwi, representante do OP. Oito votos de diferença! Puta que pariu, deixa eu ressaltar isso: OITO! Pegaram cinco partidos grandes, somaram com outros dois insignificantes (que, cá entre nós, podem ter resolvido a brincadeira ontem), bateram em cima dos dois maiores do país e ganharam apenas por oito votos de diferença.

Esses números dizem mais ainda. Dizem que apenas 51% da P³A² votaram no Kuarw. Os outros, ou são jogadores dois-cliques ou não gostaram do nome. Dessa vez, o OP (estou pensando em mudar para õP) foi 30% maior do que a coligação gigante. Quantos de lá não votaram aqui?

Considerações: Mesmo eu considerando muito o Kuarw, não acho que ele esteja apto ao cargo. Ainda. Mas não está. Além disso, pouca coisa foi dita sobre o mandato. Ressalto que não é trollagem, mas bato na tecla: 505 pessoas votaram em um candidato que não apresentou plano de governo.

Isso, sem dúvidas, foi um tapa na cara da P³A². Ficou evidente aí que não é pelo tamanho de membros ou de partidos que se vai oligarquizar o Brasil. (Aliás, oligopólio dá uma ideia de pouco, o que cinco partidos em uma
coligação definitivamente não é.)



Até agora, a estratégia de juntar todos os, com o perdão da palavra, que parece desmerecê-los, ODIN-haters para reverter o jogo ainda está dando certo. Foi um susto que se foi tomado, nada mais do que isso.

Ficou bem claro que os próximos candidatos terão que ser escolhidos pela sua capacidade, não mais por uma política do café-com-leite partidária. Unificar todos os aliados de um lado da bipolaridade foi uma boa sacada, mas será que só isso basta? Mas não. Essa não será a pergunta do dia. A pergunta dessa vez será: Quem realmente ganhou as eleições de ontem?

É melhor correr antes que não dê mais TEMPO.